16 de agosto de 2022

Arapiraca registra terceiro caso suspeito de varíola dos macacos

A Prefeitura de Arapiraca, através da Secretaria Municipal de Saúde, informa o monitoramento de mais um caso suspeito de varíola dos macacos. Trata-se de uma criança de cinco anos, do sexo feminino, que está em isolamento domiciliar e sendo monitorada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Arapiraca (Cievs).

A paciente com caso suspeito é moradora do bairro Planalto e apresentou dor na garganta, febre de início súbito e lesões cutâneas no corpo, mas sem sinais de gravidade.

“As amostras das lesões foram coletadas e enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública de Alagoas (LACEN/AL). Seguimos aguardando os resultados. A Secretaria de Saúde de Arapiraca segue monitorando os três casos suspeitos e seus contatos”, informou o coordenador do Cievs Arapiraca, enfermeiro Evandro Melo.

Confira o relatório do completo clicando aqui.

As amostras das lesões foram coletadas e enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública de Alagoas (Lacen/AL) para análise.

Ainda não há previsão de vacinação em massa contra a doença em nenhum país no mundo, mas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é improvável que a medida seja necessária para combater o surto. Provavelmente, apenas grupos prioritários receberão o imunizante.

É importante destacar que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Arapiraca (Cievs) tem acompanhado a evolução dos casos no Brasil.

Confira as dicas de prevenção:

1. Ficar atento aos sintomas e buscar atendimento médico:

O primeiro passo é ficar atento aos sinais típicos da varíola dos macacos. Segundo a OMS, a infecção é geralmente dividida em duas etapas:

  • Período de invasão – de 0 a 5 dias: caracterizado por por febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dores musculares e falta de energia. O aumento das “ínguas” é uma característica que difere o monkeypox de outras doenças que podem inicialmente parecer semelhantes ao vírus, como o sarampo.
  • Erupção cutânea: geralmente começa dentro de 1 a 3 dias após o aparecimento da febre. As feridas tendem a ser mais concentradas na face e extremidades do que no tronco. Afetam principalmente o rosto, as palmas das mãos e plantas dos pés, as mucosas orais, o ânus e as regiões genitais.

Obs.: As feridas começam como manchas planas e avermelhadas e geralmente evoluem para bolhas mais volumosas, que depois se enchem de um líquido amarelado, formam uma “casquinha” e caem. Muito infecciosas, elas são o principal meio de transmissão da doença no surto atual.

A doença é geralmente leve e a maioria das pessoas se recupera dentro de duas a quatro semanas. Mas pacientes imunossuprimidos (pessoas com HIV, transplantados ou em tratamento de quimioterapia, por exemplo), grávidas e crianças são grupos de maior risco para desenvolver complicações.

Se você está com um ou mais desses sintomas, deve se isolar do contato físico com outras pessoas e procurar orientação médica imediatamente, para confirmar o diagnóstico da doença.

2. Evitar o contato próximo com pessoas infectadas ou com suspeita de infecção: nada de toque, beijo ou sexo:

O contato próximo (pele a pele) com pessoas infectadas é o fator de risco mais significativo para a infecção pelo monkeypox. Portanto, não toque nas lesões ou crostas de uma pessoa com a doença, nem beije, abrace ou faça sexo com ela até que as erupções tenham cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar.

3. Evitar compartilhamento de objetos, incluindo roupas de cama e toalhas

Tocar em objetos e tecidos (roupas, lençóis ou toalhas) que foram usados por uma pessoa com monkeypox e que não foram desinfectados é uma potencial via de contágio do vírus. Isso porque o pus e as crostas das lesões podem estar presentes nessas superfícies.

A descontaminação de roupas ou lençóis pode ser feita por lavagem com água quente e sabão.

4. Limitar o número de parceiros sexuais:

De acordo com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos ter parceiros sexuais múltiplos ou anônimos pode aumentar o risco de exposição à varíola dos macacos. Limitar o número de parceiros sexuais pode reduzir a possibilidade de exposição.

5. Não estigmatizar a doença: qualquer pessoa pode contrair o vírus:

Qualquer pessoa, independentemente de gênero e orientação sexual, corre o risco de contrair a varíola dos macacos.

6. Usar máscaras:

Apesar de o risco de infecção do monkeypox por vias respiratórias ser considerado baixo se comparado a outras patologias, como é o caso da Covid-19, especialistas consideram que os cuidados com grupos de maior risco para o desenvolvimento da doença, como imunossuprimidos, grávidas e crianças, devem ser intensificados. E o uso de máscaras pode reduzir os riscos.

7. Cobrir braços e pernas em aglomerações:

Antes de ir a um evento, é recomendável analisar o quanto a ocasião irá envolver o contato pele a pele com as pessoas. Festivais, eventos e shows onde os participantes estão totalmente vestidos e com pouca probabilidade de ter contato pele a pele são mais seguros, orienta o CDC.

Espaços fechados, como saunas, clubes de sexo ou festas de sexo públicas e privadas, onde ocorre contato sexual íntimo, muitas vezes anônimo, com vários parceiros, podem ter maior probabilidade de espalhar a varíola dos macacos.

Por isso, usar calças e camisetas de manga longa pode ser uma forma de reduzir o risco de contágio pelo monkeypox no transporte público, dizem os especialistas.

8. Higienizar as mãos:

Intensificado por causa da pandemia de covid-19, o hábito de lavar as mãos com frequência ou usar álcool em gel continua sendo recomendável pelos especialistas durante o surto de monkeypox, especialmente antes de comer e tocar o rosto, e depois de usar o banheiro.

Vale ressaltar que higienizar as mãos é uma medida que também protege o indivíduo e a coletividade contra a covid-19 e outras doenças infecciosas.

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