22 de outubro de 2019

Arapiraca 95 anos: romances que encantam e fincam raízes no município

Arquivo pessoal

Há um ditado na região que quem prova da água de Arapiraca não quer mais deixar o local. A terra de Manoel André, famosa por ser a cidade que mais cresce em Alagoas, também é conhecida como um lugar que inspira o amor.

Diante de tantas situações que a cidade permite viver, as pessoas acabam se encontrando em vários locais e de formas bem diferentes. Mas, para algumas pessoas, Arapiraca tem um significado ainda mais especial, sendo o lugar escolhido por elas para escrever capítulos importantes de suas vidas.

O amor pela terra adotada e a vontade de viver ao lado do grande amor está nos relatos de quem largou amigos e família para seguir a cara metade aqui na capital do Agreste.

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DE PORTUGAL PARA ARAPIRACA

“Vivemos com muita tranquilidade, paz e amor aqui em Arapiraca. Sou fã dessa cidade que o destino me fez morar e viver um amor verdadeiro. Aqui nós crescemos junto com o município. Cada lugar nos traz uma emoção diferente. Aqui é um paraíso que aos poucos foi acolhendo a expansão. Até a zona rural cresceu e foi valorizada”, conta um português que veio para a cidade a passeio e nunca mais voltou para o seu país.

Antônio mora há 11 anos no município, onde se casou com a cabeleireira Josefa. Aqui ele trabalha com energia solar, fez amigos, arrumou empregos e criou raízes em uma chácara localizada na comunidade Capim, zona rural do município.

Entusiasmada, a esposa arapiraquense narra seu conto de fadas com muito amor. Josefa já morou no Sul, mas é tão apaixonada por sua terra natal que voltou e ainda trouxe o português para conhecer a cidade.

“Nos conhecemos através de uma amiga que era casada com um amigo dele lá em Portugal. Ela nos apresentou, ficamos conversando e viramos amigos. Após alguns desencontros amorosos, o convidei para conhecer Alagoas. Eu queria mostrar para ele que o que Deus faz nesse lugar é maravilhoso. Ele veio, se encantou, nos apaixonamos e estamos casados há 11 anos”, descreve a arapiraquense.

DA PARAÍBA PARA ARAPIRACA

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Há quem encontre o namorado na escola, no condomínio onde mora, no trabalho ou em uma festa. A história de amor de Daniela Virgínia de Souza Palmeira foi um pouco diferente. Ela conheceu o arapiraquense Eribelto Ferreira da Silva na Paraíba, no período e que ele estava no seminário para ser padre.

Daniele conta que ficou amiga de “Beto” através da comunidade católica. Lá, os seminaristas iam para as casas dos membros da igreja com frequência. Eles ficaram amigos e, quando menos perceberam já estavam envolvidos. Já nas suas últimas férias do seminário, Beto havia desistido de ser padre. Eles namoraram, casaram e, após 10 anos, foram agraciados com seu primeiro filho, José Bernardo.

“Foi um pouco complicado tentar evitar nosso envolvimento. Nosso amor nasceu de uma linda amizade e da fé de ambos. Beto percebeu que ser padre não era sua vocação e resolvemos nos relacionar. Passei três anos sem querer conhecer a família dele aqui em Arapiraca por medo, pois o sonho da mãe dele era que o filho fosse padre, mas ao chegar aqui fui bem acolhida, ganhei uma nova família e só volto para a Paraíba a passeio. Gosto muito dessa cidade. Costumo dizer que é uma cidade de interior desenvolvida. Aprendi a amá-la e chamá-la de minha”, frisou Daniela.

DE MACEIÓ PARA ARAPIRACA

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Edson Godoy também se apaixonou por um arapiraquense e escolheu a cidade para ser sua. Ele morava em Maceió com toda sua família e largou alguns empregos na capital para morar em Arapiraca. Edson é professor de Língua Portuguesa e casado com Luís Dias.

“Nos encontramos por acaso. Um encontro de almas mesmo, não foi app, nem em festa, eu estava saindo de um loja no centro, comprando ovos de Páscoa para crianças carentes e ele saindo do emprego. Nos batemos por acaso, conversamos na hora, trocamos contato e começamos a nos conhecer melhor. Namoramos e casamos (ainda não no papel). Vamos fazer quatro anos juntos”, conta o arapiraquense Luis Dias.

“Eu larguei tudo lá para arriscar aqui e tudo deu muito certo, graças a Deus. Hoje leciono, estudo e estou vivendo um amor na cidade que passei a amar e que me acolheu tão bem”, declarou o professor Edson Godoy.

Autor: Lohuama Alves

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