5 de julho de 2019

Arraiá Lengo Tengo traz o encanto d’O Pequeno Príncipe para o palhoção

A Rua André Leão ganhou um novo enredo nesta segunda-feira (1º), com todos os tons d’O Pequeno Príncipe.

É que o Arraiá Lengo Tengo, com mais de 20 anos de tradição e história, resolveu levar para o público a história do menino e da raposa, mundialmente conhecidos, à procura de algo que os cativasse.

A trama desenvolvida pelo escritor francês Antoine de Saint-Exupéry foi traduzida para o “nordestinês” pelo grupo do bairro Brasília.

Na adaptação, o Pequeno Príncipe se vê no Sertão buscando uma rosa para mostrar que o amor vale a pena e pode cativar o coração dos casais apaixonados.

Assim, o clima era de romance no palhoção. Mas, ainda na entrada, os jurados e o prefeito Rogério Teófilo foram recebidos por um grupo de cangaceiros, interpretando uma emboscada.

Os vereadores Willomacks e Aurélia Fernandes também acompanharam tudo de perto, impressionados com a organização do evento.

Por trás disso tudo, a dona Marilene Santos, 59, que faz todos os vestidos dos dançarinos da quadrilha estilizada, entregando-os ainda em maio, antes do prazo.

“Isso aqui é minha vida! O São João representa muito para a nossa comunidade. Nasci aqui nessa rua e vou morrer aqui na mesma casa, sempre envolvida com esse processo, essa manifestação cultural”, garante a costureira.

Por lá, houve diversas atrações para a plateia, antes da chegada da comissão julgadora. E a partir dela, a quadrilha matuta Pega Fogo, os Bonecos da Canafístula e a Junina Lengo Tengo.

“Aqui, não somos o resto! O Nordeste é visto assim. Mas somos protagonistas de uma cultura de valores e respeito! Hoje usamos as pessoas e amamos as coisas. Está errado! Amor, acima de tudo, ao ser humano!”, pontua o puxador Roberto Oliveira.

Um exemplo é a doação de tempo e esforços de Camila Nunes, de 27 anos, que ano passado figurou como uma das principais dançarinas e em 2019 resolveu trabalhar nos bastidores.

“A gente faz isso porque sabe do empenho de todos e todas que dançam e levam o nome do bairro Brasília para todo canto. Me emocionei e chorei muito quando eles se apresentaram no Concurso de Quadrilhas Estilizadas, no Ginásio Municipal João Paulo II”, comenta ela, servindo as comidas típicas aos jurados.

Este é o resumo do que trata o Pequeno Príncipe, vivenciado na prática pela comunidade. Parceria, união, compromisso com o todo.

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