2 de maio de 2018

Mãe relata experiência exitosa com o Programa Criança Feliz

Uma vez por semana, mais especificamente às terças-feiras, a estudante de Pedagogia e visitadora do território 3 do Programa Criança Feliz, Nayara Louraine, chega na casa de Jucicleide, no bairro Mangabeiras, para encontrar Ravi Rafael, de 1 ano e 2 meses. O bebê é o único filho homem da mãe de 32 anos e tem cinco irmãs, todas elas mais velhas que ele: Larissa, Layza, Layane, Emilly e Maria.

Eu estou gostando muito do Criança Feliz, é uma coisa ótima”, agradeceu. “Hoje o programa é a nossa voz dentro da comunidade, ele facilita o acesso aos serviços públicos, através dele eu já consegui muitas coisas”, contou a mãe.

Foto: Laís Pita

Foto: Laís Pita

O Programa, de fato, abre portas para as famílias inseridas, mas muito mais que isso, a iniciativa do Governo Federal executada pela Prefeitura de Arapiraca através da Secretaria de Assistência Social e Políticas para a Mulher, visa promover o desenvolvimento integral na primeira infância, a fim de reduzir as desigualdades que crescem junto com as crianças socialmente vulneráveis

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Foto: Laís Pita

Para quem topou ser beneficiado pelo Programa, tudo começou no período de caracterização, quando foi feito um diagnóstico inicial do desenvolvimento infantil da criança em questão. Passada essa fase, agora, em cada visita domiciliar, que dura em torno de 35 minutos, a visitadora leva uma atividade – de acordo com a faixa etária da criança atendida – para estimular o desenvolvimento de habilidades.

No caso de Ravi, que começou a ser acompanhado pelo programa aos 11 meses de vida, ele tinha dificuldade de andar. Para ajudá-lo, Nayara apresentou à família o tapete sensorial. Apesar do nome bonito, o brinquedo educativo é acessível, não passa de uma caixa de ovo. “Aquelas de papelão”, descreveu a visitadora.

Ravi andava apenas no tapete da casa, tinha medo de andar no chão, então ele precisava conhecer outra textura”, explicou. “Ao andar sobre as caixas ele desenvolveu o tato e a coordenação motora”, completou.

Em sua segunda visita, o caçula conheceu a placa com zíper e o quadro sensorial, para desenvolver a sua coordenação motora fina, a qual utiliza pequenos músculos do corpo para escrever, coordenar os movimentos das mãos e dos olhos, criar peças de arte, mover olhos e lábios, etc. O movimento de pinça, que também é estimulado através dessa atividade, permite a habilidade de pegar uma pequena folha no chão com os dedos, por exemplo.

Foto: Laís Pita

Foto: Laís Pita

Durante as ações, o visitador deve registrar os principais pontos observados em um relatório. Qual foi a atividade realizada, o seu desenvolvimento pela mãe e pela criança, os avanços e as dificuldades devem constar no documento que fica arquivado no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do território onde foi realizada visita.

A assistente social Marina Maria, que supervisiona o território 3, disse estar muito animada com Ravi. “Eles [a criança e sua família] eram totalmente diferente, tímidos, agora interagem bem mais e melhor, e esse fortalecimento de vínculo da criança com a mãe e irmãos é um dos objetivos do Criança Feliz e no caso dessa família esse desenvolvimento é nítido, estamos progredindo a cada visita”, disse.

Marina também agradeceu a comunidade por sempre receber tão bem a equipe. “Não é todo mundo que aceita e estamos fazendo valer essa oportunidade”, garantiu.

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Foto: Laís Pita