Prefeitura comemora Dia dos Pais com as crianças do Trate

Por determinação da prefeita Célia Rocha (PTB), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizou na manhã desta quarta-feira (14), um momento de integração social e confraternização entre os funcionários, pais e crianças portadoras do Transtorno do Espectro do Autismo, sob os cuidados do Espaço Trate.

O encontro aconteceu em alusão ao Dia dos Pais, comemorado no último domingo (11), e foi realizado no Clube dos Funcionários da Caixa Econômica Federal, nas imediações do bairro Cavaco.

De acordo com a diretora do Trate, Ana Paula Rios, o momento foi de fundamental importância para estreitar os laços entre pai e filho, uma vez que a presença dele – neste caso, o homem –, no tratamento da criança é muito inferior ao da mãe.

“Estamos garantindo uma maior aproximação dos pais, para que eles possam também participar deste momento singular na vida da criança. Esta relação é muito importante, pois, com isso, o filho passará a ter mais confiança e sentimento pelo pai”, garantiu a diretora.

Na oportunidade, foram realizadas atividades funcionais com as crianças, levando-se em consideração a habilidade dos pais em brincadeiras infantis correlacionadas ao tratamento e a interação com o filho.

Segundo Carlos Romero, pai de Murilo, de 5 anos, o tratamento realizado no Espaço Trate não fica atrás de instituição privada de qualquer parte do Brasil.

Ainda de acordo com ele, Murilo vem apresentando melhoras gradativas em seu quadro comportamental, mostrando maior interação com pessoas e concentração nas atividades escolares do dia a dia, além das que ele obtém do Trate.

“Estamos dando um passo de cada vez. O meu filho tem evoluído muito com o tratamento, e isso é bastante notável, tanto em casa, quanto na escola. O próximo passo é colocá-lo em um curso de inglês e, assim, fazê-lo evoluir cada vez mais”, informou Carlos Romero.

Já Francisco Pinheiro, pai de Pedro Lucas, de 12 anos, informou que no seu caso foi um pouco mais complicado, porque, afora o autismo, seu filho também é portador de Síndrome de Down.

“No caso do Pedrinho, foi um pouco mais difícil de identificar o autismo, pois, como ele é Down, os sintomas nos confundia bastante. Hoje, o Trate tem nos auxiliado muito e esta interação é fundamental para a reabilitação dele”, destacou Francisco Pinheiro.

O Trate é o primeiro espaço público ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e atendia, inicialmente, oito famílias e nove crianças com autismo. Em dois anos, este número cresceu 1000%.

Os profissionais trabalham com o Sistema de Comunicação pela Troca de Figuras (Picturing Exchanging Communication System) e, com a inauguração do espaço, as ações foram intensificadas e ampliadas com as famílias e crianças, com o passar dos anos.

O PECS foi originalmente desenvolvido para crianças do espectro do autismo em idade pré-escolar, mas está atualmente sendo usado por crianças e adultos com transtornos do espectro do autismo e outros diagnósticos que apresentem dificuldades com a fala e a comunicação.