19 de junho de 2013

Ballet junino: escola mistura dança clássica com o regional

Desde suas primeiras investidas nos grandes salões renascentistas da Itália, o balé cativou a todos por sua leveza e precisão. No outro lado do oceano, na cidade de Arapiraca, uma professora de dança resolveu inovar.

Joyce Vidal, de 30 anos, aliou o balé clássico ao forró. “Parece estranho, mas funciona”, garante ela, que integrou por oito anos o Ballet Eliana Cavalcante, em Maceió.

Segundo a professora, ela quis vir para Arapiraca e montar uma escola de dança pela necessidade de não haver nada parecido por aqui. “A cidade tem um potencial muito grande cultural e não existia escola de balé alguma. Então, pensei que seria interessante começar algo”, diz.

A prova disso pode ser vista ainda na noite desta quarta-feira (19), no Ballet Joyce Vidal, instituição que fica dentro da Academia Aquarius, na Rua Nossa Senhora da Salete, no bairro de Itapoã. A partir das 18h, haverá uma apresentação de alunos, mostrando que os pliés e relevés podem muito bem se encaixar com o triângulo e zabumba.

Uma turma de crianças deve executar um número hoje, na presença de pais, mestres e amigos de curso. “Fazemos sempre antes das férias essa interação, essa atividade diferente. Tenho pelo menos seis turmas e, desta forma, as crianças vão perdendo aos poucos a vergonha de estar no palco, além de aprenderem uma forma distinta de se encarar o balé”, conta a professora, que desde 2011 faz este trabalho em Arapiraca.

Todo fim de ano, ela também se apresenta com sua turma – há, inclusive, três delas de adultos – no Teatro do Sesi. No ano passado, a temática foi sobre o Natal. “Tanto o enredo como a coreografia, sou eu quem elaboro. Mas o figurino destas apresentações do ‘ballet junino’ é, por exemplo, escolhido pelos próprios dançarinos. O que não abro mão e sempre indico é o uso das sapatilhas. No mais, eles acabam nesse arrasta-pé atípico”, coloca Joyce Vidal.

Para a educadora, que tem uma década de experiência, o contato com a música desde cedo, com o ritmo, com o encarar a plateia, é uma forma de ampliar horizontes. Há alunos com 3 anos de idade já sabendo acompanhar alguns passos. “E a procura pelo balé não é só por parte das crianças, não. Há muita gente adulta que quer aprender sobre”, diz.

O alcunhado “Ballet Junino” teve sua primeira apresentação nessa segunda-feira (17) com o grupo de alunos mais velhos. Ontem e hoje (19), com crianças, na própria sede da escola, na Academia Aquarius, que enchem o piso liso de mais brilho.

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