Arapiraca inova na busca para inscrever Mestres da Cultura Popular na Lei Paulo Gustavo
Servidores municipais foram ao encontro dos mestres de porta em porta, um trabalho que nunca havia sido feito no estado
A Prefeitura de Arapiraca, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Juventude, realizou um trabalho inovador e intensivo para inscrever os mestres da Cultura Popular na Lei Paulo Gustavo. As inscrições para os editais ocorreram de forma on-line, entre os dias 17 e 26 de novembro, e a pasta se dedicou para que o processo fosse democrático e contemplasse os grandes mestres da cidade.
O cuidado especial dos servidores municipais se deu porque as inscrições aconteceram exclusivamente de forma on-line, e, em razão disso, muitos fazedores de cultura arapiraquenses já na terceira idade, com décadas de trabalho pela cultura regional, poderiam ter dificuldade em realizar as inscrições e utilizar a ferramenta tecnológica. Por isso, servidores municipais lotados na Secretaria foram ao encontro desses mestres, na casa de cada um deles.
Ao todo, 11 mestres foram inscritos com o auxílio dos servidores municipais. Eles vão concorrer ao prêmio de mestres da Cultura popular no edital da Lei Paulo Gustavo em Arapiraca. Nomes como Mestre Elias, mestre Cecílio, mestre Miguel Vieira, mestra Fátima e mestra Laurinete foram alguns dos visitados pelos servidores José Wilson, Janu Leite, Rejane Barros e do produtor cultural Mário Daniel Gomes.
De acordo com o superintendente municipal de Cultura, José Wilson, esses mestres que não tinham a devida orientação e sem o auxílio da secretaria de Cultura, esse grupo não conseguiria se inscrever. “Essa busca ativa serviu para mostrar também o quanto nossa cidade é rica em cultura através dos mestres da Cultura Popular que tanto contribuíram para o desenvolvimento cultural de nossa cidade, momento para nós da secretaria de grande aprendizado e também de uma transmissão de saber deles para conosco”, ressaltou.
Para a secretária municipal de Cultura, Lazer e Juventude, Marília Albuquerque, esse foi um trabalho pioneiro e inovador no estado, quiçá no nordeste. “A iniciativa foi elogiada pelos mestres, que se emocionaram com a valorização e o cuidado que tivemos com eles. Um dos capacitadores que ajudou nesse trabalho, relatou que uma ação dessa forma, com um trabalho de porta em porta, nunca havia sido feito no estado e quem sabe até no nordeste”, disse a secretária.
Os editais em Arapiraca foram divididos em audiovisual – destinado à seleção de projetos com propostas de obras audiovisuais independentes, divididos em 9 eixos e duas categorias -, e multilinguagens, com cinco categorias.
Autor: Mácio Amaral