Protesto, crítica e inclusão social são temáticas abordadas pelas juninas no último dia de apresentações do Circuito de Quadrilhas
Simpatia, ressignificação, miscigenação, protesto e crítica social, porém, o amor sempre se sobressai e quando chega não tem jeito, é avassalador.
As temáticas abordadas pelas Juninas, na noite desta sexta-feira (23), deixaram o público presente no ginásio do Serviço Social do Comércio (SESC) de Arapiraca pensativo quanto a sua posição e participação para a transformação do mundo.
E o que se pode fazer para tentar mudá-lo?
O empoderamento feminino enraizado nas quatro Marias da Junina Flor de Chita, de Maceió; a esperança de um mundo melhor e a luta contra a diversidade religiosa, presente na quadrilha Dona Ciça, de Arapiraca; a mistura de raças do colonizador e o colonizado, junto aos abusos daqueles que vieram de fora, proposto pela Show Nordestino, de Marechal Deodoro; e o desespero e revolta daqueles que perderam tudo, mas que buscaram justiça, igualdade e união para mudar de vida, com a Luar do Sertão, de Maceió.
Todo o contexto invasivo e abusivo foi posto no ginásio e, com ele, foi dado um grito de protesto na tentativa de semear uma nova era, um novo momento, uma nova filosofia, a qual “ninguém é feliz sozinho”.
A inclusão também esteve presente na noite desta sexta. A junina Luar do Sertão fez da sua apresentação o diferencial, e levou intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para dar à pessoa com deficiência auditiva conhecimento da temática abordada pela banda e pelos quadrilheiros.
Ao final, as notas ficaram da seguinte forma:
– Flor de Chita – 144,5 pontos;
– Dona Ciça – 146,3 pontos;
– Show Nordestino – 143,7 pontos; e
– Luar do Sertão – 148,8.
As finais do Circuito Alagoano de Quadrilhas, promovido pela Liga de Quadrilhas Juninas de Alagoas (LIQAL), com o apoio da Prefeitura de Arapiraca e SESC, acontecerão nos dias 1 e 2 de julho, sábado e domingo, no Ginásio Municipal João Paulo II, em Arapiraca, nas divisões de Acesso e Especial, consecutivamente.