20 de outubro de 2022

Outubro Rosa: Tatuador arapiraquense ajuda mulheres mastectomizadas a recuperarem autoestima

Além de promover ações de prevenção ao câncer de mama, a campanha Outubro Rosa também incentiva o acolhimento às mulheres que passam pelo tratamento e que, muitas vezes, precisam realizar a mastectomia, que é a retirada parcial ou total da mama.

Como forma de ajudar as mulheres mastectomizadas a recuperarem a autoestima, o tatuador arapiraquense Marcondes Rodrigues, inspirado no trabalho de um colega de profissão do Rio de Janeiro, criou o Projeto Florescer, que fornece, de disponibiliza tatuagens hiperrealistas para substituição do mamilo.

“Depois de conhecer o trabalho desse tatuador do Rio de Janeiro, me sensibilizei com a causa e resolvi ajudar as mulheres do nosso estado a recuperar um pouco da autoestima”, explicou Marcondes, que realiza o trabalho durante todo o ano.

O seio feminino sempre foi uma parte do corpo muito valorizada, remetendo a valores como feminilidade e fertilidade. Perder a mama muitas vezes gera problemas com autoestima e aceitação do próprio corpo.

As mulheres interessadas e marcar a sessão gratuita com o tatuador, devem entrar em contato através do Instagram dele: @marcondesrodriguis, ou pelo WhatsApp do estúdio: (82) 99954-8364.

Mudança de vida

A professora Ana Karla Barros da Silva, de 48 anos, descobriu o câncer de mama em 2015, ao realizar exames de rotina. Na ocasião, foram achados dois caroços suspeitos, um em cada mama. Depois da biópsia, o tratamento foi imediato, com quimioterapia, radioterapia e, infelizmente, a mastectomia.

“A mama direita ficou sem o mamilo e a areola, o que foi, para mim, um dos pontos mais doloridos do tratamento. Foi uma dor de amputação da alma e eu chamava até de peito cego”, relatou Ana Karla.

Quando ela descobriu o trabalho de Marcondes, não hesitou em entrar em contato.

“Foi quando eu ouvi falar do tatuador Marcondes Rodrigues, que fazia a sua arte hiperrealista em mulheres mastectomizadas e o melhor: de graça, não tive custo algum. Fiz a reconstrução em apenas duas sessões e já na primeira, voltei a me apaixonar por essa parte do corpo que tanto nos define como mulher, como mãe. A tatuagem devolver minha autoestima, segurança e admiração”, continuou.

Sobre o enfrentamento à doença, Ana Karla deixa claro que a prevenção salva.

“Sempre em meus testemunhos insisto que a prevenção salva. Façam os exames periódicos, pois quando descoberto no início, as chances de cura são maiores”,finalizou a professora.

Autor: Erick Balbino

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