Arapiraca é escolhida pelo ONU-Habitat para projeto de desenvolvimento urbano sustentável no Nordeste
Oficina “G52: Cidades-Polo ampliando os marcos do desenvolvimento regional” será realizada nos dias 21 e 22 de fevereiro
A partir deste mês de fevereiro, os 52 municípios que fazem parte da área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) receberão capacitações para aprimorar seu planejamento urbano e promover o desenvolvimento sustentável.
A ação é fruto da parceria entre o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, ONU-Habitat, PNUD e Sudene e abrange a Rede de Cidades Polo (G52) – um grupo de municípios com papel de influência em suas regiões intermediárias segundo critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em Alagoas, Arapiraca e Maceió foram os municípios selecionados. Nos dias 21 e 22 de fevereiro, o projeto realiza seu primeiro evento.
A oficina “G52: Cidades-Polo ampliando os marcos do desenvolvimento regional” terá o lançamento do projeto de implementação da estratégia territorial do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), por meio da criação de um espaço de intercâmbio e cooperação com prefeituras e especialistas sobre governança compartilhada, cooperação intermunicipal e gestão em rede.
O evento será realizado de forma online, via Microsoft Teams, às 10h dos dias 21 e 22. A programação inclui uma apresentação do projeto, oficinas temáticas sobre inovação e sustentabilidade financeira e a coleta de considerações sobre o trabalho em rede a ser desenvolvido. O evento é voltado para prefeitos, gestores, servidores, representantes da sociedade civil, do setor privado e academia. As inscrições podem ser realizadas neste link: https://bitly.com/inscricao-g52.
“Esse evento é importante para sensibilizar os municípios sobre os benefícios de atuação em conjunto para fortalecer as políticas públicas. Queremos criar uma sinergia para alcançar objetivos estratégicos relacionados às agendas globais de desenvolvimento sustentável”, ressalta Luciana Tuszel, coordenadora do programa pelo ONU-Habitat Brasil.
Renato Vaz, coordenador-geral de Cooperação e Articulação de Políticas da Sudene, destaca que o projeto nasce com o objetivo de fortalecer a capacidade dos municípios de desenvolver soluções para seus desafios de forma inovadora e compartilhada. “Queremos aproveitar o potencial que o trabalho de várias instituições articuladas em rede oferece: aprendizado mais rápido, compartilhamento de melhores práticas, soluções inovadoras, ganho de capacidade institucional e ganhos de escala na implementação de soluções”, exemplifica.
Identidade visual – Com o evento, o projeto também lança sua nova identidade visual. A marca faz referência a elementos da cultura e do contexto nordestinos – tais como os cactos, característicos do bioma da caatinga nordestina; as bandeirinhas das tradicionais festas de São João; a arquitetura vernacular e os geradores de energia eólica. Além disso, a logo destaca o “G52”, remetendo ao grupo de cidades-polo inseridas no projeto.
As ilustrações têm um tom lúdico e jovial, transmitindo alegria, positividade e força – o que dialoga com as cores fortes e fechadas que compõem a paleta. O azul predominante remete à identidade visual do próprio ONU-Habitat.
O projeto – Firmada em outubro, a parceria tem como objetivo contribuir com a implementação do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). Para isso, a iniciativa promove políticas amparadas em modelos de governança compartilhada, e estimula as capacidades institucionais dos municípios em temas como planejamento regional, financiamento e desenvolvimento de projetos, governo digital e cidades inteligentes centradas nas pessoas.
A parceria também promoverá estratégias de comunicação e advocacy para posicionar a rede de municípios como referência regional para informação, difusão e implementação de iniciativas relacionadas ao desenvolvimento urbano sustentável.
Para Ieva Lazareviciute, assessora de Cooperação Descentralizada do PNUD no Brasil, o fortalecimento das capacidades das 52 cidades-polo indutoras do desenvolvimento na Região Nordeste vai possibilitar uma intensa troca de experiências entre estas cidades, além de sua interação com outras organizações no Brasil e no exterior. “Isso vai permitir o aprendizado coletivo e o contato com novos recursos financeiros e de conhecimento até então pouco acessados. Esta rede será, sem dúvida, uma experiência de grande repercussão para a implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a partir das cidades”, complementa.
“Convidamos todas as prefeituras a se engajarem neste projeto como protagonistas e líderes do desenvolvimento regional. Estamos muito ansiosos pelas próximas etapas do projeto e com altas expectativas nos resultados a serem colhidos para toda região”, acrescenta Vaz.
Conheça os municípios – As 52 cidades são divididas entre os nove estados do Nordeste e dois do Sudeste. São duas em Alagoas (Arapiraca e Maceió), onze na Bahia (Barreiras, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itabuna, Juazeiro, Paulo Afonso, Salvador, Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista), seis no Ceará (Crateús, Fortaleza, Iguatu, Juazeiro do Norte, Quixadá e Sobral), sete no Maranhão (Bacabal, Balsas, Caxias, Imperatriz, Presidente Dutra, Santa Inês e São Luís), cinco na Paraíba (Cajazeiras, Campina Grande, João Pessoa, Patos e Sousa), quatro em Pernambuco (Caruaru, Petrolina, Serra Talhada e Recife), sete no Piauí (Bom Jesus, Corrente, Floriano, Parnaíba, Picos, São Raimundo Nonato e Teresina), três no Rio Grande do Norte (Caicó, Mossoró e Natal), duas em Sergipe (Aracaju e Itabaiana), duas no Espírito Santo (Colatina e São Mateus) e três em Minas Gerais (Governador Valadares, Montes Claros e Teófilo Otoni).
Autor: Davi Salsa com Assessoria ONU-Habitat Brasil