No mês da Consciência Negra, prefeitura realiza ações de cidadania em comunidades remanescentes de quilombo
No próximo dia 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra, data que homenageia as culturas e lutas dos povos negros, e reforça a importância da sociedade como um todo refletir e agir para combater o racismo estrutural no país. Com essa premissa, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e em parceria com o programa Viver Melhor, está realizando ações de cidadania nas duas comunidades remanescentes de quilombos de Arapiraca: Vila Pau d`Arco e Carrasco.
Nessa sexta-feira (5), equipes do município estiveram na Vila Pau d`Arco e realizaram a entrega de 299 cestas básicas que foram encaminhadas pela Fundação Cultural Palmares. Na ocasião, representantes do Programa Viver Melhor realizaram uma série de atividades de cidadania com a população.
Já na manhã desse sábado (6), o grupo se dirigiu a comunidade Carrasco, que também fica localizada na zona rural de Arapiraca, para realizar a entrega de mais 167 cestas básicas.
Para a secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Fabrícia Galindo, as duas comunidades remanescentes de quilombos de Arapiraca representam muito para a história de Arapiraca. Durante a visita às comunidades, ela agradeceu às líderes comunitárias Elisabete e Genilda, por terem se empenhado tanto para que ação pudesse acontecer.
“Ações como essas são fundamentais para garantir o acesso à política de assistência social já que, infelizmente, grande parte desta comunidade vive em situação de vulnerabilidade social”, destacou.
Em nome do prefeito Luciano Barbosa, a secretária Fabrícia Galindo também agradeceu ao deputado federal Arthur Lira, pelo intermédio junto a Fundação Cultural Palmares.
O mês de novembro é muito importante para celebrar a cultura quilombola. O Brasil foi um dos últimos países do mundo a abolir a escravatura de vez. E isso foi um processo gradual; não algo feito de uma hora para a outra. Começou com a Lei Eusébio de Queiroz em 1850, passando pela Lei do Ventre Livre e pela Lei dos Sexagenários até a Lei Áurea, em 1888.
Nesse meio tempo, pessoas que foram tiradas de suas terras de origem e escravizadas à força tinham esperanças de, finalmente, poderem ser livres de novo.
E foi em Arapiraca, quando este lugar ainda nem se chamava assim, que vários novos lares foram se firmando com alcunhas de outras árvores nativas: Pau d’Arco (ipê) e Carrasco (pau-viola).
Autor: Erick Balbino