Cultivo de camarão em Arapiraca barateia valor final do produto
O Agreste alagoano tem ganhado uma nova atividade econômica: a carcinicultura. O cultivo de camarão já é uma realidade e tem colocado Arapiraca como uma cidade referência e, em breve, o valor do produto deve ficar mais em conta.
A Prefeitura de Arapiraca tem incentivado a criação, colocando técnicos do município à disposição para o acompanhamento nas propriedades, ensinando ao produtor sobre o manejo nutricional, sanitário e hidrológico, auxiliando as etapas de aclimatação, despesca e até comercialização.
O objetivo da prefeitura é garantir que o camarão cultivado em Arapiraca seja de qualidade, ajudando a cidade a se desenvolver cada vez mais.
Para o secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, Hibernon Cavalcante, a carcinicultura era invisível em Arapiraca há pouquíssimo tempo e agora vem sendo cada vez mais propagada.
“Arapiraca agora atua na produção de uma proteína altamente valorizada, aumentando a renda do pequeno produtor e, consequentemente, desenvolvendo a economia local. Sendo assim, a prefeitura não poderia ficar de fora desse projeto, apoiando essa iniciativa tão importante”, disse o secretário.
Para incentivar ainda mais a produção, os criadores se juntaram e montaram uma associação, que é presidida pelo produtor Rosimário dos Santos.
“O camarão é um produto extremamente procurado e valorizado. A ajuda da prefeitura é fundamental para incentivar a produção e, com certeza, muito em breve, teremos camarão de qualidade e com custo mais baixo na mesa do nosso povo”, explicou o presidente da Associação dos Produtores de Camarão de Arapiraca.
A atividade surge como uma excelente alternativa para os agricultores que possuem reservatórios com água salobra ou locais adequados para perfuração de poços artesianos.
Mais de 30 famílias estão trabalhando com essa cultura em Arapiraca, além dos empregos gerados indiretamente. O resultado exitoso e o apoio da prefeitura estimulam produtores de outras regiões. O investimento para implantação de um criatório é variável, dependendo das condições do terreno e acesso à água.
“O Poção era conhecido como a região do abacaxi e ainda hoje cultivamos, mas é um retorno em longo prazo. Já com o camarão podemos ter lucro em três meses. Compramos as larvas em Rio Grande do Norte e trazermos para criar aqui. Antes não tínhamos o apoio da prefeitura e agora temos. Queremos agradecer ao prefeito e a secretaria de Desenvolvimento Rural por todo o empenho e ajuda que estamos recebendo”, continuou Rosimário.
Autor: Erick Balbino