Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência do Município retorna atividades presenciais
O Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cramsv) da Prefeitura de Arapiraca, a exemplo de outros órgão municipais, precisou adaptar o seu serviço para continuar o atendimento ao público, durante esse período de pandemia, respeitando as normas expressas nos decretos oficiais, a fim de evitar contágio por coronavírus.
Durante os últimos seis meses, entre as atividades do órgão, que integra a Secretaria de Desenvolvimento Social, o Grupo Bem Me Quero teve o seus encontros presenciais suspensos, mas retornaram a partir desta semana, com momento de acolhimento preparado especialmente para as mulheres assistidas pela equipe do Cramsv, serviço vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimentos Social.
Na programação, que foi reiniciada nesta quarta-feira (14), a decoração lembrava a campanha “Outubro Rosa”, que chama a atenção das mulheres para a prevenção ao câncer de mama e o autocuidado. Para as mulheres foi preparada uma mesa com bombons e um painel com laços e borboletas da cor rosa, tudo cercado de muito afeto e respeito.
Para a retomada dos encontros, oferta de exames, através de parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, uma roda de conversa com a participação da equipe do Cramsv, da secretaria de Desenvolvimento Social e técnicas da pasta, que ressaltaram o propósito do grupo e os planos de ampliação da assistência às mulheres, que tiveram e sempre têm papel primordial nesses momentos, quando compartilham as suas experiências de vida e com o serviço.
Cramsv
O Cramsv é um órgão municipal que atende, gratuitamente, mulheres em situação de violência (física, psicológica, moral, patrimonial e sexual), por meio de uma equipe de profissionais, que inclui assistente social, psicóloga e advogada. Ele está vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social, através da superintendência de Políticas para a Mulher, pasta que recebe atenção especial da prefeita Fabiana Pessoa, que reconhece a importância de uma rede de acolhimento e fortalecimento às mulheres vítimas de violência.
“As profissionais do Cramsv costumam dizer que é um trabalho de formiguinha, mas é de gigante. Eu estou viva. E hoje sou Rosa Maria, uma mulher determinada, por conta de toda a assistência, acolhimento e orientação que recebo delas”, enfatizou a usuária do serviço.
Orgulhosa da mulher que redescobriu e da nova história que se permite viver, Rosa Maria faz questão de compartilhar a sua história de vida e experiência com o Cramsv. E fala do seu processo de transformação, a partir do momento que tomou conhecimento dos seus direitos, da sua força e desejo por viver feliz.
Ela explica que não foi tarefa simples livrar-se do sofrimento que seu ex-companheiro causou, mas conseguiu. “O sofrimento do meu companheiro me deixou quase incapacitada. Eu tinha medo de enfrentar aquela realidade, dependia dele economicamente. Mas, a cada encontro com o grupo de mulheres, ouvindo aquelas histórias e as orientações profissionais, mais eu me sentia fortalecida para reagir e tomar decisões que determinassem a minha felicidade. Estar aqui e compartilhar a minha experiência é uma forma de agradecimento”, afirmou.
Grupo Bem Me Quero
A coordenadora do Cramsv, Aryanne Guedes, explica que o Grupo Bem Me Quero se reúne mensalmente no Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência, que fica localizado na Rua Governador Luiz Cavalcante, 1150, no bairro Alto do Cruzeiro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. E também com atendimentos por telefone e via whatsapp (82) 99991-2443.
“Com o retorno dos encontros presenciais, seguindo os protocolos de segurança, aproximamos ainda mais os serviços do município às mulheres vítimas de violência. O Cramsv não se trata de um órgão punitivo, mas de acolhimento e fortalecimento desse público. Com o apoio da gestão municipal, a proposta é ampliar ainda mais os serviços do órgão”, destacou a coordenador.
Autor: Ana Cavalcante