23 de agosto de 2019

Artistas se reúnem para homenagear Arapiraca e seus patrimônios culturais

Diversos direcionamentos foram usados como o realismo, surrealismo e o cubismo, como este acima (Foto: Lucas Ferreira)

Está aberta a exposição “Olho Mágico – Patrimônios Culturais” no hall da Casa da Cultura, no Centro. Ela fica por lá até o próximo dia 13 de setembro.

Dá tempo de ver e sentir todos os traços dos 16 artistas arapiraquenses que participam desta nova montagem.

Esta é a segunda mostra do coletivo Salão Arapiraca das Artes, que contou com a curadoria do museólogo Antônio Andrade. Ela está dentro da programação dos 21 anos da Casa da Cultura, organizada pela Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Juventude.

O prefeito de Arapiraca conversou com todos os artistas presentes (Foto: Lucas Ferreira)

O prefeito Rogério Teófilo esteve na abertura, ocorrida no último dia 20, e ficou encantado com as potencialidades e as várias falas que reverberam através das muitas esculturas, intervenções e telas.

Além de patrimônio culturais como a Paróquia Concatedral Nossa Senhora do Bom Conselho, a folha do fumo e o Monumento à Árvore Arapiraca, várias figuras ilustres como Paulo Lourenço da Silva (o Paulo do Bar), Zezito Guedes, José de Sá e Afrísio Acácio do Acordeon foram devidamente lembrados e homenageados.

Fazem parte desta edição os artistas plásticos Adeval Soares, Cícero Brito, Cícero Dário Vieira, Dija Florentino, Edimário Calixto, Evoneide Lima, Gerzun Lopes, Laércio Moreno, Rosevaldo Paz, Valter Almeida e Marcelo Mascaro; os escultores Jackson Lima, José Antônio e Júnior Messias; e os desenhistas Clício Nelo e Roberto Vieira.

A Concatedral de Cícero Dário Vieira chamou a atenção de todos (Foto: Lucas Ferreira)

Confira na íntegra o texto que apresenta a mostra:

A HERANÇA DO TEMPO

Qual a herança comum a todos nós? O que temos por entre os dedos que não se pode escapar da vista e da presença dos dias? O tempo.

É ele quem rege a possibilidade do amanhã.

E num futuro que se apresenta como o agora, os monumentos civilizatórios seguem inscrevendo na história a sua importância.

Prestes a alcançar a faixa dos 100 anos de Emancipação Política, a cidade de Arapiraca guarda em suas gavetas mnemônicas uma lembrança ainda muito viva – e ainda vivida – de tudo aquilo que passou. E estamos todos de passagem.

E o que fica? Mais um ponteiro se acelera na medida das respirações sincopadas pelo canto interno das araras que aqui repousam nestes galhos e das que já bateram asas.

O que fica são os prédios históricos, as fachadas arquitetônicas, a face lavada de um povo.

Em sentido horário, a nossa própria história continua sendo contada, mas por bocas, e traços, e arranjos e fatos diferentes.

O maior patrimônio de Arapiraca é e segue sendo a sua gente. E o que dela se ergue.

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