Equipe da Vigilância Epidemiológica descarta surto de diarreia no município
(Foto: Samuel Alves)
Para se configurar um surto de diarreia, Ana Lúcia Alves Lima, assistente social e coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, explica que há alguns fatores que devem ser avaliados. É a partir deles, monitorados pela Secretaria de Saúde, que a equipe técnica do município chega a conclusão de que, no momento, não há registro de surto de diarreia em Arapiraca, apesar de casos chegarem a unidades de saúde.
De acordo com a coordenadora, pode ser considerado um surto, se durante uma semana for registrado um número anormal de casos de diarreia aguda e os pacientes apresentarem os seguintes pontos em comum: sintomas clínicos semelhantes (diarreia aquosa ou sanguinolenta); vivem na mesma área ou lugar; se comeram a mesma comida (por exemplo, numa cerimônia); partilham o mesmo abastecimento de água; e se há um surto na comunidade vizinha.
Monitoramento
O trabalho de monitoramento das doenças diarreicas agudas é realizado, semanalmente, pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais, processo de acompanhamento do comportamento da enfermidade, na busca por alterações que possam se configurar em surtos ou epidemias.
“São coletados, consolidados e analisados os dados de faixa etária mais acometida, procedência, data do início dos primeiros sintomas, da procura ao serviço e do plano de tratamento adotado para o tratamento, com o objetivo de recomendar medidas de prevenção, controle e avaliação do impacto das ações desenvolvidas. E, ainda, evitar a propagação doença e, principalmente, a ocorrência de óbitos”, destacou a coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica.
Ana Lúcia, coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Arapiraca
(Foto: Lucas Ferreira)
A doença
É uma síndrome clínica de diversas etiologias que se caracteriza por alterações do volume, consistência e frequência das fezes, mais frequentemente associada com a liquidez das fezes e o aumento no número de evacuações. Com grande frequência costuma ser acompanhada de vômitos, febre, cólicas e dor abdominal.
No geral, é autolimitada, com duração de 2 a 14 dias. As formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios eletrolíticos, principalmente quando associadas à desnutrição.
Transmissão
O modo de transmissão pode ocorrer pela via oral ou fecal-oral, sendo específico para cada agente etiológico. Pode ser de modo direto, através da ingestão de água e alimentos contaminados; contato com objetos infectados, a exemplo de utensílios de cozinha, acessórios de banheiros equipamentos hospitalares; ou pessoa a pessoa – mãos contaminadas – e de animais para as pessoas.
Os manipuladores de alimentos e os vetores, tais como as moscas, formigas e baratas, podem contaminar, principalmente, os alimentos e utensílios. Locais de uso coletivo, a exemplo das escolas, creches, hospitais e penitenciárias apresentam maior risco de transmissão.
Serviço de Saúde
Segundo Ana Lúcia Alves, faz-se necessário procurar o serviço de saúde mais próximo da residência para avaliação médica, orientações da equipe multiprofissional, bem como a utilização dos sais de reidratação oral e hipoclorito para o tratamento da água para o consumo, disponíveis nas UBS.