Primeiro dia da Fliara apresenta ambientes distintos para a palavra
A literatura brotou das árvores e o encanto estava nos olhos (Foto: Genival Silva)
Imagine você passar todos os dias pela mesma praça e, de repente, em uma dessas quintas-feiras, notar que a coisa toda está tomada pela literatura. A surpresa é imediata.
Foi isso o que sentiram as pessoas que andaram pela Praça Luiz Pereira Lima, no Centro, nesta quinta (15) na abertura da Feira Literária de Arapiraca (Fliara), com a palavra brotando por todo canto: penduradas em árvores, estampadas em toalhas de piquenique, nos palcos e estantes-estandes.
Na fala do prefeito Rogério Teófilo, o local “virou um verdadeiro complexo cultural”, em que os espaços agregam ainda mais valor para as mais variadas manifestações artísticas.
Praça Luiz Pereira Lima virou um grande complexo cultural (Foto: Samuel Alves)
Pela praça, havia a Fliarinha e o Piquenique Literário, direcionado para as crianças; a Biblioteca Itinerante do Sesc; as bancas de livros do Senac, de livrarias, da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, da Editoral da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), da Editora da Universidade Estadual de Alagoas (EdUneal), da Faculdade Fera e da Academia Arapiraquense de Letras e Artes (Acala); a banca Leia Mulheres, com exposição de escritoras negras; a Banca do Café João Caboclo-Linho, com palco aberto; a praça de alimentação; e a performance teatral “As Aventuras de Zé Calango e Rosinha”, com Henrique Avlis e Sônia Amorim, percorrendo todos os setores.
Na Casa da Cultura e Biblioteca Municipal Prof. Pedro de França Reis, houve a abertura da mostra “Cerâmica Hermética”, de Rafael Brandão, e a exposição de quadros do artista plástico Filipe Rinaldi Borges. Por lá ainda, a oficina “Construindo uma Comunicação Eficiente”, com Fábio Lopes. No Museu Zezito Guedes, igualmente a abertura da exposição coletiva “Arapiraca e Região em Arte”.
No palco principal, a Banca Mestre Nelson Rosa, que homenageia com seu nome um dos maiores cantadores de coco de roda do Brasil, aconteceram debates que renderiam tema para um livro — coisa propícia para um evento como este.
Vários locais, como a Casa da Cultura, estavam tomados por manifestações artísticas (Foto: Genival Silva)
No primeiro momento, a mesa se formou em torno do mote “Versos Populares”, com Cícero Manoel, Zé de Quinô, Cosme Rogério Ferreira, Cárlisson Galdino e José Inácio Vieira de Melo, tendo como mediadores os poetas Igor Machado e Marta Eugênia, também curadores do evento.
Logo depois, foi a vez do poeta popular paraibano Jessier Quirino com “A Força da Linguagem Popular na Atualidade”. Os causos dele arrancaram sorrisos da plateia, que foi para casa extasiada de tanta palavra sendo dita e compartilhada. Até domingo (18) tem mais.
Veja a programação completa e o mapa da Fliara aqui.