Dia Internacional da Saúde Mental: maior desafio é a reinserção social e o preconceito
No Dia Internacional da Saúde Mental, comemorado todo dia 10 de outubro, a coordenadora municipal da Rede de Atenção Psicossocial, Edna Veríssimo, destaca que o principal desafio é a reinserção social e a integração dos pacientes do Centro de Atenção Psicossocial Nise da Silveira (CAPS II) e do Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e Outras Drogas (Caps AD).
“O preconceito com essas pessoas começa dentro dos serviços, quando os profissionais são lotados nesse tipo de órgão há, a princípio, resistência, mas depois se apaixonam e não querem sair”, comentou a coordenadora. “O preconceito, nesse caso, está relacionado ao medo de lidar com esse público”, completou.
Edna destacou que a cereja do bolo para que o resultado do trabalho do Caps, por exemplo, seja realmente eficaz é a reinserção social. “Desde a geração de renda, abertura no mercado de trabalho, na comunidade e dentro da própria família”, disse.
Além disso, é importante que as pessoas reconheçam o adoecimento mental como uma doença como qualquer outra e parem de negar para si e para os outros. Tratamento de álcool e outras drogas é outro grande desafio na saúde mental. “É voluntário, o dependente precisa querer tratar”, explicou a profissional da Saúde do Município de Arapiraca.
“Essa negação retarda o tratamento e a recuperação iniciada em uma fase mais grave torna o processo mais difícil”, afirmou Edna Veríssimo. “Transtorno mental tem controle e Caps é um lugar para atendimento, mas muito paciente se recusa a marcar presença pelo estigma criado em torno da saúde mental”, lamentou.