Prefeitura leva programa Escolas Promotoras da Saúde ao Premen
(Fotos: Genival Silva)
O fortalecimento de serviços de saúde no âmbito escolar vem sendo desenvolvido pela Prefeitura de Arapiraca, por meio da execução de programas. O Escolas Promotoras da Saúde (EPS) é um deles, que articula ações em unidades de ensino do município. E nesta quarta-feira (11) realizou atividade na Escola Estadual Senador Rui Palmeira (Premen), no bairro Capiatã.
Vinculado à coordenação de Promoção à Saúde, o EPS é uma estratégia adotada pela Secretaria Municipal de Saúde que se fundamenta no fornecimento de serviços de saúde escolar, visando a qualidade de vida, que reflete no melhor aproveitamento educacional. Nesse contexto, são desenvolvidas atividades baseadas nas necessidades dos alunos, respeitando características individuais, culturais e de gênero.
A enfermeira e coordenadora do EPS, Rafaella Souza, explica que a equipe do programa busca detectar e prevenir problemas de saúde, dando atenção aos jovens, com orientações e condutas de autocontrole, prevenção de práticas e dos fatores de risco. Ela explica que para integrar ao EPS, a direção da escola deve solicitar a inclusão na Coordenação Municipal de Promoção à Saúde. Atualmente, há mais de 70 unidades de ensino inseridos no programa.
“A atuação do programa é mais voltado para os alunos, mas quando identificamos a necessidade de acompanhamento com os professores, organizamos atividades específicas para atender a escola. Que é o caso de hoje, no Premen, com roda de conversa entre profissionais da saúde e da educação”, destacou a coordenadora. “O cuidado com a saúde do professor reflete na forma de olhar para o seu aluno”, completou.
Rafaela Souza, entre o psicólogo Thiago Celmir e o coordenador pedagógico do Premen, Edson Cavalcante
Rafaela Souza apresentou o programa e os serviços de saúde do município que podem auxiliar no trabalho da escola. Com ela, a fonoaudióloga Luana Amorim, a enfermeira do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Arapiraca (Cerest), Sandra Márcia, e o psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), Thiago Celmir.
“A assistência que estamos recebendo aqui é de fundamental importância. Várias dúvidas foram tiradas sobre os cuidados com a saúde dos professores, que reflete na nossa qualidade de vida e dos alunos. E, ainda, qual serviço nos dirigir ou encaminhar em diferentes situações”, destacou José Edson Cavalcante, coordenador pedagógico do Premen.
Entre os temas citados pelo coordenador e abordado pelo psicólogo foi a automutilação, um comportamento preocupante observado na comunidade escolar. Para Thiago Celmir, os professores são a porta de entrada para a identificação de tipos de comportamentos. Por isso a importância de receberam orientações sobre como lidar com o problema e a abordagem com os pais dos alunos.
“A automutilação dos jovens é um fenômeno recorrente. A gente não pode tratar o problema isolado, ele sempre está atrelado ao sofrimento emocional, psíquico e também da conjuntura social, que tem muita relação com a incapacidade dos adolescentes lidarem com as suas emoções, frustrações e angústias”, explicou o psicólogo, em roda de conversa com os professores.