12 de junho de 2018

Cerest estuda implantar protocolo nacional para atender trabalhadores da fumicultura

O Brasil é o segundo maior produtor de fumo e o maior exportador de tabaco do mundo e 98% dessa produção está em três estados do Rio Grande do Sul. Apesar de ter diminuído muito ao longo dos anos, Alagoas aparece em quarto lugar com um número significativo de trabalhadores expostos a essa atividade produtiva. Essas informações foram repassadas pelo Ministério da Saúde, através de estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), durante reunião no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Arapiraca na manhã desta terça-feira (12).

Reunidos com representantes do Ministério, os coordenadores das vigilâncias, Promoção da Saúde, Atenção Básica, Saúde Mental e de outros setores do município debateram sobre a saúde dos trabalhadores na fumicultura e a proposta do protocolo de atendimento e cuidado da Fundação. De acordo com o enfermeiro e gerente do Cerest, Eubs Deyves, a Prefeitura de Arapiraca já atua nas comunidades, orientando sobre a técnica adequada para utilizar o agrotóxico, como a hora ideal para manipular o produto;  distribuindo EPIs; material educativo, entre outras ações.

“Nossa ações podem ser aprimoradas e mais eficazes se criarmos um protocolo padrão, com fluxo de atendimento, baseadas em rastreamentos de agravos, doenças, intoxicações e dados da agriculturas “, afirmou Eubs.

Foto: Samuel Alves

Foto: Samuel Alves

A enfermeira e assessora técnica do Ministério da Saúde e enfermeira, Juliana Acosta, destacou que a vigilância em saúde do trabalhador tem a tarefa de compreender os ambientes e processos de trabalho e intervir para diminuir os riscos e danos à saúde que os processos produtivos podem trazer, melhorando assim a qualidade de vida dos profissionais.

A programação do Ministério no município também contou com uma visita às famílias de produtores de tabaco. De acordo com Eubs, esse foi um pontapé inicial para o trabalho que será realizado in loco pelo Cerest sob orientação do Ministério com a Fiocruz. “Estamos conversando e nos inteirando acerca do protocolo e de que maneira ele será utilizado em Arapiraca”, concluiu o enfermeiro.

Foto: Samuel Alves

Foto: Samuel Alves