Bióloga alerta sobre danos ambientais provocados pelas fogueiras
O mês de junho é uma época em que acontece uma das maiores tradições nordestinas: os festejos juninos. Nesse período é comum as famílias se reunirem ao redor de fogueiras que, se mal feitas, podem provocar sérios danos ambientais.
De acordo com a bióloga Edione Araújo, da superintendência de Meio Ambiente da Prefeitura de Arapiraca, um dos maiores problemas das fogueiras é a extração ilegal da madeira. Segundo ela, cortar árvores, principalmente as nativas, objetivando apenas construir fogueiras, representa um crime ambiental de graves proporções.
Ao falar sobre os tipos de madeira mais específicas, a bióloga alertou para a não utilização de móveis velhos e chapas portas. “Muitas pessoas constroem fogueiras utilizando pedaços de guarda-roupas, camas e outros tipos de mobílias. Esse tipo de material, por ser envernizado ou pintado, acaba liberando substâncias tóxicas que prejudicam o meio ambiente e podem provocar danos à saúde das pessoas”, afirmou.
Edione Araújo sugere ainda a redução no número de fogueiras, evitando assim o excesso de fumaça e a poluição ambiental. “As pessoas poderiam reunir os vizinhos e construírem uma fogueira coletiva, diminuindo a fumaça e proporcionando maior interação entre as pessoas”, frisou.
A construção de fogueiras em vias asfaltadas ainda requer a colocação de uma camada com, pelo menos, 20 centímetros de areia por baixo da madeira. Outra recomendação é não construir fogueiras em locais de grande circulação de veículos ou aglomerações de pessoas.
As pessoas devem ter o cuidado de não acender fogueiras próximas de árvores, pois isso pode provocar a morte da planta. Elas também não devem estar debaixo da fiação elétrica ou próximas de veículos estacionados, o que pode provocar desde um incêndio até uma explosão.