4 de maio de 2018

Atendimento humanizado devolve qualidade de vida a pacientes do Ambulatório de Feridas

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 Solange Maria elogia o vínculo com a equipe de enfermagem do ambulatório

(Fotos: Samuel Alves)

Quando entrou na sala de atendimento do Ambulatório de Feridas e Pé Diabético, na quinta-feira (26), no Centro de Referência Integrado de Arapiraca (CRIA), a expressão da dona de casa Solange Maria da Conceição, 54 anos,  foi de alegria e gratidão. E ao iniciar a conversa, as suas palavras declararam justamente esses sentimentos, que ela disse fazer questão de demonstrar.

“No lugar onde eu sou recebida com decência e cuidado, só tenho a agradecer. Por isso a minha alegria. Há três anos eu faço tratamento de uma úlcera venosa na perna esquerda, aqui no laboratório. E considero as enfermeiras como minhas filhas. Sou grata, primeiro a Deus, e depois ao trabalho humanizado que elas realizam. Só quem passa pelo mesmo problema sabe o sofrimento, os momentos de angústia e medos. E encontrar alguém, que além de aliviar a sua dor, ainda orienta, passa segurança, motiva e  devolve a sua esperança, é uma bênção”, declarou.

Quando a equipe da reportagem perguntou se poderia registrar a conversa e o seu atendimento no ambulatório, dona Solange não hesitou. Com sorriso no rosto, respondeu que se sentia à vontade e satisfeita em contar a sua história, nem sempre acompanhada de sorrisos, mas com um desfecho feliz. Ela explicou que o problema teve início aos 31 anos. Mas que não buscou ajuda médica logo no início, utilizava receitas caseiras ensinadas para aliviar a dor e imaginando curar a ferida.

Os anos foram passando e o problema se agravando. A dona de casa conta que, muitas vezes, foi desestimulada por conta da gravidade da lesão. “Quando eu já estava sem muita esperança, uma pessoa, que eu chamo de anjo, apareceu no meu caminho e me apresentou ao serviço do ambulatório. De lá para cá, uma ferida que era enorme hoje está sarada”, declarou.

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Usuária do ambulatório recebe orientações da equipe de enfermagem, em dia de alta médica

A enfermeira Larissa Houly, responsável pelo Ambulatório de Feridas, explica que a dona de casa recebeu alta, mas, a exemplo do que acontece  com os pacientes liberados, continua sob orientação da equipe de saúde. Os pacientes com feridas crônicas necessitam de um tratamento especializado e, na maioria das vezes, de  acompanhamento contínuo, como forma de tratar, amenizar o desconforto e proporcionar uma melhor qualidade de vida.

“O risco de retorno da ferida é grande, principalmente a úlcera venosa, cerca de 50%. Então, mesmo saindo do atendimento ambulatorial, o paciente precisa dar continuidade aos cuidados  em casa, para que a lesão não volte a abrir. Por isso, o trabalho da equipe continua, mas passa a ser de orientação e monitoramento. Mantemos o vínculo e ficamos à disposição dos pacientes, com quem mantemos contato, até mesmo por aplicativo de mensagem”, ressaltou.

O Ambulatório de Feridas e Pé Diabético, que funciona no Centro de Referência Integrado de Arapiraca (CRIA), no bairro Santa Edwirges,  é mantido pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, com atendimento de segunda a sexta-feira, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O serviço, que é destinado a pacientes com feridas crônicas, caracterizadas por lesões prolongadas, é realizado mediante encaminhamento médico da Unidade Básica de Saúde (UBS).