Comitê propõe construção da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Violência
Diante do cenário brasileiro, onde o nosso País ocupa o primeiro lugar como o mais violento para as crianças e adolescentes na percepção da sociedade, em comparação com outros 13 países da América Latina, o Comitê de Prevenção e Redução de Mortalidade Materno Infantil do município de Arapiraca, através da Secretaria de Saúde, propôs a criação da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Violência, seja ela física, psicológica, sexual, exploração sexual comercial, institucional e negligência.
A proposta foi apresentada durante reunião na tarde desta quarta-feira (11), no anexo do 3º Centro, para membros do Conselho Tutelar, Criança Feliz e Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, assistentes sociais de maternidades e servidores públicos da Assistência Social, Educação e Saúde, pela enfermeira e coordenadora de Saúde da Criança, Lousanny Caires.
De acordo com a profissional, faz-se necessária a concretização de ações que possibilitem a construção de uma rede de atenção integral ao público-alvo em questão, onde fluxos de atendimento serão estabelecidos, com vista ao fortalecimento do trabalho em rede. “A responsabilidade precisa ser compartilhada entre as diferentes políticas públicas”, disse Lousanny.
Com a Rede, a enfermeira acredita os seguintes objetivos serão alcançados: visibilidade da violência que se pratica contra crianças e adolescentes, estimulando a notificação dos casos; capacitação dos profissionais para a percepção da violência e para o desenvolvimento de trabalho integrado e intersetorial; oferecer às vítimas, autores e família o atendimento necessário para ajudar na superação das condições geradoras de violência, bem como na sequela dela resultante.
“Nossa proposta também inclui o desenvolvimento de ações voltadas para a prevenção da violência com o envolvimento da comunidade”, explicou. “Acreditamos que com esse projeto de monitoramento e acompanhamento, vamos diminuir a reincidência da violência”, afirmou.
Lousanny também falou que não abre mão da participação do Ministério Público, fortalecendo assim a Rede e garantindo um maior comprometimento e engajamento dos envolvidos.