Síndrome de Down: crianças são menos afetadas quando estimuladas pela família e terapeutas
Para começo de conversa a síndrome de Down não é doença, é uma alteração genética no cromossomo 21, que deve ser formado por um par, mas no caso das pessoas com a síndrome aparece com 3 exemplares (trissomia). O assunto estava em pauta nesta quarta-feira, 21 de março, dia em que se comemora, desde 2006, o Dia Internacional da Síndrome de Down.
Em Arapiraca a data não passou em branco. O Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual ou apenas Pestalozzi, associação parceira da prefeitura, organizou um dia cheio de atividades para o público e seus familiares. A Ação 21, como foi intitulada, contou com oficina de brigadeiro gourmet, palestra com o gastrônomo e empresário Felipe Martins, que é portador da síndrome, entre outras atividades.
“A família é o nosso principal parceiro, eles precisam abraçar a causa, mobilizar os filhos nas atividades e estimular o que a gente trabalha no espaço para que o desenvolvimento aconteça de forma efetiva e o portador da síndrome ter autonomia”, falou a psicóloga da Pestalozzi, Willianny Lúcio.
A fisioterapeuta Valéria Luiza completou: “a família pode ser prejudicial se tratar a pessoa como doente e escondê-la. É necessário trazer ao máximo para a realidade para que ela interaja com o meio social. Como o seu tempo de aprendizado é mais lento, o quanto antes o portador da síndrome for estimulado, melhor”.
Academia, faculdade, paquera e cinema são atividades que podem e devem estar presentes na vida do portador, mas essa “vida normal”, depende não só da família, como também do incentivo de terapeutas.
“Por ter o tônus muscular mais fraco, o que atrasa o desenvolvimento motor, é com a fisioterapia que o paciente vai começar a sentar, andar e desenvolver sua coordenação motora”, explicou Valéria.
Se estimulados, pacientes com Síndrome de Down podem ser menos afetados. “Se a intervenção for feita precocemente, o nível de independência da criança será bem maior”, garantiu a psicóloga Willianny Lúcio.
Sobre a ONG
A fisioterapeuta e gerente da Pestalozzi, Fabiana Cavalcante, disse que o serviço oferecido é 100% gratuito ao usuário, sendo oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e que eles aceitam todo tipo de doação, como fralda, leite, cesta básica e ajuda financeira para auxiliar no tratamento de mais de 600 pacientes – não só portadores de síndrome de Down, como com microcefalia, paralisia cerebral, autismo, etc.
Em Arapiraca, a Pestalozzi fica localizada na Rua Minervina Francisca da Conceição, número 25, bairro Itapoã e funciona de segunda a sexta das 7 às 17h. Qualquer outra informação pode ser passada através dos telefones 3530-8330 e 99928-9651.