Leia Mulheres: grupo literário discute Sylvia Plath no Bosque das Arapiracas
Sylvia Plath é uma das mais renomadas escritoras dos EUA
E se você tivesse uma vida plena na Nova York dos anos 1950, com acesso irrestrito a festas de luxo e andanças na Madison Avenue, mas sentisse um vazio que transborda em seu peito?
Esta é a premissa do livro clássico “A Redoma de Vidro”, da poeta, contista e romancista estadunidense Sylvia Plath. A obra foi publicada em 1963, com seu pseudônimo Victoria Lucas, poucas semanas antes de ela morrer aos 30 anos de idade.
A publicação será a base das discussões do grupo literário Leia Mulheres Arapiraca, que realiza mais um encontro mensal neste sábado (24), desta vez no Bosque das Arapiracas, bairro do Centro, nas proximidades da fonte luminosa, a partir das 16h.
O evento é aberto ao público, segundo as organizadoras Laura Emília Araújo e Beatriz Rodrigues, ambas estudantes de Letras da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). Para participar, não é preciso ter lido o livro, mas estar aberto ao debate a partir dele.
O enredo traça um certo período da vida da jovem Ester Greenwood, que vai do interior dos EUA à capital novaiorquina com todo aquele paradoxal cheiro cinza de glamour. Ela ganha uma bolsa numa universidade e rapidamente se entrosa na cidade, agora escrevendo artigos para uma revista de moda. Daí as festas regadas a caviar, álcool e outras iguarias.
Na pele, Sylvia Plath colocou n’A Redoma de Vidro tudo o que sentia, numa espécie de escrito semiautobiográfico. Ela tratou – e trata – naquelas páginas sobre um estado depressivo ainda muito pouco conhecido em um terreno pré-Revolução Sexual. E o debate deste tema ainda se faz urgente.