26 de janeiro de 2018

Município intensifica ações de combate à hanseníase em comunidade quilombola

O que é a hanseníase, características, diagnóstico, exames, tratamento e cura foram aspectos abordados nas ações

IMG_9761

Médico da equipe do Programa de Hanseníase, Karlisson Valeriano, ministra palestra sobre a doença

A prefeitura de Arapiraca intensificou as ações de combate a hanseníase durante este mês, denominado de Janeiro Roxo, campanha em alusão à doença. E nesta sexta-feira (26), a  campanha foi levada pela secretaria Municipal de Saúde até a  comunidade quilombola do povoado Carrasco, que atualmente é composta por 122 famílias .

Na sala de espera da Unidade Básica de Sáude (UBS) Antônio Félix da Silva, a  comunidade quilombola participou de uma série de atividades. Entre elas, palestra educativa com a equipe da coordenação do Programa de Hanseníase do Município, que encontrou um público participativo e atento a todas as informações sobre a doença.

O que é a hanseníase, características, diagnóstico,  exames, tratamento e cura foram aspectos abordados pelos profissionais da saúde, que também utilizaram um vídeo, em roda de conversa, com o objetivo de tratar do assunto com clareza e chamar a atenção da população para os cuidados com a saúde.

IMG_9656

O que é a doença, tratamento e cura foram informações passadas por Maria Salésia, coordenadora do Programa de Hanseníase do Município

Atividades

Além da palestra educativa sobre a hanseníase, também foi apresentado o tema  Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Saúde Bucal. A população ainda foi convidada a participar de avaliação clínica, aferição da pressão arterial e glicemia,  testes rápidos de HIV/Sífilis e  avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC).

A execução das atividades, coordenada pela equipe do Programa de Hanseníase e do Centro de Referência Integrado de Arapiraca (CRIA),  contou com a participação da Promoção da Saúde, Coordenação da Saúde do Homem e do Idoso, Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador de Arapiraca (Cerest) e  Ceproal.

IMG_9717

Walcélia Oliveira, enfermeira que atua no setor de hanseníase, alerta  sobre cuidados com a saúde

Explicando a hanseníase:

O que é?

É uma doença infecciosa e contagiosa, que  causa manchas na pele, que  também pode ter alteração da sensibilidade. O paciente não sente (ou tem sensibilidade diminuída) calor, frio, dor e mesmo o toque. É comum ter sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades (pés, mãos) e em algumas áreas pode haver diminuição do suor e de pelos. Atenção: o paciente pode ter dificuldades para segurar objetos, pode queimar-se e não sentir ou, por exemplo, perder os chinelos sem perceber. A doença pode provocar o surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular.

De onde vem a doença?

A hanseníase não é hereditária. É causada pelo bacilo Mycobacterium leprae e sua transmissão acontece de pessoas doentes sem tratamento para pessoas saudáveis, pelas vias aéreas superiores (tosse, espirro, fala).

Como é feito o diagnóstico da hanseníase?

O diagnóstico precisa ser feito o quanto antes. A doença pode ser diagnosticada em uma consulta médica em consultório ou ambulatório. O médico analisa lesões na pele com manchas (partes da pele podem não ter sensibilidade) e alterações neurológicas específicas (dormências e formigamentos). O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente o tratamento. Importante: todas as pessoas que convivem ou conviveram com o paciente de hanseníase devem ser examinadas.

Hanseníase tem cura?

Sim, a hanseníase tem cura. Quanto mais cedo o tratamento, menores são as agressões aos nervos e é possível evitar complicações. O paciente que inicia o tratamento não mais transmite a doença.

Como é o tratamento?

O tratamento da hanseníase é simples. Em qualquer estágio da doença, o paciente recebe gratuitamente os medicamentos para ingestão via oral – os medicamentos destroem os bacilos. O tratamento leva de 6 meses a 1 ano. Se seguir o tratamento cuidadosamente, o paciente recebe alta por cura.