8 de novembro de 2017

Município fiscaliza denúncia de lançamento irregular de efluente

Há alguns meses, a Prefeitura de Arapiraca, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, multou em R$ 200 mil a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) pelo lançamento irregular de efluente nos conjuntos Brisa do Lago, Nossa Senhora Aparecida, Agreste e no Vale da Perucaba.

O problema não foi resolvido, apesar da Casal estar ciente, e os dejetos de esgoto do residencial Nossa Senhora Aparecida agora tem prejudicado os demais moradores do bairro Massaranduba, que através da associação comunitária entraram em contato com a prefeitura pedindo ajuda.

No documento, eles relataram assoreamento em uma lagoa que nunca tinha secado, mau cheiro, rompimento de açude e barragem, sem falar na cor da água, “preta que nem carvão”.

Foto de Genival Silva.

Foto de Genival Silva.

Nesta quarta-feira (08), a superintendente de Meio Ambiente, Pricila Moura, acompanhada do engenheiro sanitário e ambiental, Marcius Omena, de fiscais e do engenheiro civil do departamento de licenciamento ambiental, Pedro Lucas, todos do município, fizeram uma visita in loco e confirmaram o que já haviam relatado à Casal: o sistema de esgotamento sanitário do conjunto precisa ser todo revisto, mas algumas medidas precisam ser tomadas em caráter emergencial.

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Foto de Genival Silva

A Casal precisa abrir as cisternas, que corresponde à fossa e filtro, para inspeção e limpeza dos dois sistemas da localidade”, explicou Marcius. “A orientação é que anualmente a empresa responsável, que no caso aqui é a Casal, remova 30% do material sedimentado, e isso não foi feito, o que acabou sobrecarregando o sistema”, afirmou.

Além das autoridades municipais, a fiscalização contou com a participação do vereador Fabiano Leão, que tem recebido constantes reclamações por parte dos moradores.

Foto de Genival Silva.

Foto de Genival Silva.

A superintendente garantiu que vai pedir o apoio do técnico do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e fez questão de lembrar que a Casal tem conhecimento do problema desde o dia 27 de junho deste ano, quando pediu um tempo para resolver, mas até agora nada. “O meio ambiente é uma cadeia, a água suja que está no riacho na Massaranduba, deságua no Poção, vai para o Rio Coruripe e chega na praia. Estamos preocupados e cumprindo nosso dever”, afirmou.

O engenheiro sanitário confirmou: “Até agora a Casal não se manifestou para a resolução do problema e o material efluente sem tratamento continua sendo lançado, não é preciso nem chegar muito perto para averiguação, o odor é sentido de longe”.

No primeiro momento, quando fizemos a avaliação da estação, emitimos um relatório técnico, a empresa viu que não estava funcionando, indicamos inclusive o que tinha ser feito para resolver o problema. Considero essa atitude da Casal um descaso com a saúde pública”, completou.