Profissionais da saúde são capacitados para testagem rápida de HIV, sífilis e hepatites virais
Ser funcionário da saúde não é ter apenas uma graduação em enfermagem ou medicina, por exemplo, é lidar a cada dia com situações no mínimo delicadas. Imagine que você trabalha em uma unidade que faz teste rápido de HIV, sífilis e hepatites virais, e recebe casos que relatam a história de uma mulher de 22 anos vítima de violência sexual há um dia ou de um jovem de 19 anos que não usa camisinha porque não sente prazer e confia nos parceiros.
Ambos foram encaminhados para testagem e eis que o “mínimo” que o profissional precisa saber é como aplicar o teste, visto que o resultado reagente mexe com a cabeça do paciente. Pensando em como melhor atender esses usuários, o município promove durante esta semana, através da Secretaria de Saúde, por meio da Coordenadoria do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), um treinamento para os servidores da Prefeitura de Arapiraca e de hospitais privados do município.
O aconselhamento capacita os profissionais para que eles conheçam e compreendam os modos de vida, as concepções e necessidades dos usuários; possibilita a percepção dos riscos e vulnerabilidade; identifica medidas preventivas viáveis no contexto de vida de cada um; e reduz o impacto do diagnóstico positivo e o estresse na convivência com o HIV e a Aids.
Auxiliar o usuário e suas parceiras no processo de adesão ao tratamento e contribuir para a redução dos riscos de transmissão do HIV também são objetivos do aconselhamento que possui como resultados esperados o aumento das capacidades de cuidado em determinada situação bem como ser capaz de escolher entre as alternativas de prevenção e cuidado mais viáveis, testá-las, reavalia-las e às vezes conviver com o que não se pode mudar.
O treinamento teve início com a primeira turma na tarde desta terça-feira (19) mas o mesmo segue durante os próximos dias no anexo do 3º Centro sob a responsabilidade da assistente social e coordenadora do Programa IST, Daniela França; da enfermeira e gerente do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Viviane Jatobá; e pela psicóloga Marcela, que atuou durante cinco anos no Centro.
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