Geração de emprego e renda para catadores de materiais recicláveis foi tema de reunião no MPE
Audiência faz parte de uma sequência que tem o objetivo de traçar o plano de ação da coleta seletiva no município
Alternativas de geração de emprego e renda para os catadores de materiais recicláveis foi pauta de reunião entre a Administração Municipal, a Promotoria de Justiça e representantes das associações dos recicladores de Arapiraca, realizada nesta quarta-feira (12), na sede do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), em Arapiraca.
Esta audiência, presidida pelo Promotor de Justiça Napoleão Amaral Franco, foi a quarta de uma série de audiências previstas para tratar das questões relacionadas aos catadores de materiais recicláveis de Arapiraca, que após o fechamento do lixão, localizado no bairro de Mangabeiras, no final do ano passado, perderam, em sua maioria, a única fonte de renda.
De acordo com Priscilla Nóbrega, superintendente Municipal do Meio Ambiente, a preocupação da atual administração, após tomar conhecimento da situação, foi a de dar continuidade ao plano de coleta seletiva no município, em consonância com a Lei 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a partir da erradicação dos lixões, com atenção à proposta de criação de um plano de ações voltadas à inclusão dos catadores e suas famílias nesse processo.
“Este plano de ação, que é um tema complexo, vem sendo construído coletivamente, com a participação das associações dos catadores de materiais recicláveis, diferentes secretarias municipais, da Procuradoria Geral do Município e do MPE/AL. Juntos, discutimos, planejamos, apresentamos propostas e nos comprometemos com a execução do que fica acordado em cada encontro. Assim, vamos devolvendo a dignidade desses profissionais”, enfatizou Priscilla Nóbrega.
A superintendente da Assistência Social, Fabrísia Amaral, explica que atividades vêm sendo desenvolvidas, enquanto o plano de ação está sendo desenhado. “Da primeira audiência até agora, temos buscado identificar as necessidades e dar agilidade para que elas sejam atendidas. Para isso, realizamos cadastro dos catadores, inserimos em programas assistenciais, realizamos doações de cestas básicas e auxiliamos na organização e regularização da situação das associações”, ressaltou.
A falta de perspectiva gerada no final do ano passado está dando lugar a esperança para as quatro associações de catadores de materiais recicláveis, onde estão cadastradas 135 famílias, que participam desse processo de inserção do plano de coleta seletiva no município. Pai Alex, presidente de uma das associações, não esconde o entusiasmo em falar sobre as possibilidades de melhoria na qualidade de vida dos catadores. “Participar desses encontros e ver os benefícios que já começam a proporcionar melhor qualidade de vida para a comunidade é uma motivação”, afirmou Pai Alex.
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