Artista surrealista lança ExpoEco no Museu Zezito Guedes nesta sexta
Detalhe da obra “Tributo a Chico Mendes”, que estará na mostra (Foto: Breno Airan)
A natureza tem suas maneiras específicas de dar seus alertas. Alguns visíveis, outros maquiados pelo tempo. Mas a bússola não deixa de apontar para sérios riscos futuros, caso algo não seja feito hoje para a não devastação.
E cabe ao artista fazer esse apelo a quem não consegue ou não quer ver o que já está se mostrando diante de nós.
É o caso do pintor surrealista arapiraquense Cícero Brito, de 61 anos, que tem há quase três décadas a temática ambiental em seus quadros e molduras. Ele vai expor seu trabalho no Museu Zezito Guedes, na Praça Luiz Pereira, durante o mês de julho, com abertura nesta sexta-feira (7) às 19h.
“O retrato da nossa geração vai ser tingido com que cores? O cinza? A gente não pode deixar um mundo pior do que quando chegamos aqui. Por isso, minhas obras escancaram essa outra face de nós mesmos, nessa nossa relação cada vez mais distante com a natureza. Precisamos nos reconectar com nossas raízes, com o verde”, conclui ele, que é também economista e servidor do Instituto Federal de Alagoas (Ifal).
É a primeira vez que ele leva a ExpoEco à tona em um ambiente de Arte. A estreia da mostra foi dentro de um bar no Arara Festival em 2016, com bandas de rock se apresentando também.
Pegadas
Cícero Brito começou a pintar aos 15 anos de idade e foi um dos alunos do artista plástico José de Sá. Ele iniciou seus trabalhos com tinta a óleo e, já na década de 1990, adotou para si uma temática permanente: a ecologia.
Sempre com abordagem surrealista, o pintor nascido e criado em Arapiraca-AL carrega uma paleta repleta de exposições na cidade, em Maceió e em Pernambuco.
Agora, ele inaugura mais um olhar com a ExpoEco.