Secretário de Cultura debate políticas públicas em audiência na ALE
Discutir o futuro é analisar o que já foi feito e o que se tem em mãos para que os projetos possam andar por si em cada município.
E nesta quarta-feira (31), o secretário Municipal de Cultura, Lazer e Juventude (SMCLJ), Silvestre Rizzatto, representou Arapiraca na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), na audiência pública “Políticas Públicas Destinadas ao Desenvolvimento Cultural de Alagoas”, proposta pelo deputado estadual Rodrigo Cunha.
O evento contou com a presença da secretária de Estado da Cultura (Secult), Mellina Freitas, e o diretor de políticas culturais da Fundação de Cultura de Maceió, Marcos Sampaio, representando o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, além de outros gestores municipais de cultura e vários representantes de movimentos artísticos e culturais de Alagoas.
A audiência proporcionou um rico debate entre o poder público e a sociedade civil organizada.
Rizzatto destacou a importância da implantação de secretarias de Cultura nos municípios alagoanos e sua institucionalização, alinhando-se com as propostas contidas no Plano Nacional de Cultura. Frisou que a visão governamental não pode ser limitada sobre mestres, artistas, artesãos e produtores de cultura local, assim como no que diz respeito à demanda consumidora de produtos/serviços culturais existentes, mas também no aspecto do “todo cultural” e na identidade cultural de cada região.
“Sabemos que a Cultura em algumas cidades é apenas um departamento ou até uma coordenação associada a outra secretaria. Isso não apenas torna frágil a valorização dos conhecimentos e expressões das culturas populares e tradicionais, como da mesma forma compromete a identidade cultural do município, além de seu desenvolvimento social e econômico, porque a Cultura está intrinsecamente ligada a esses dois fatores”, diz.
A tribuna foi utilizada por 19 participantes que colocaram inúmeras pautas reivindicativas ao poder Executivo e Legislativo. O assunto unânime foi a urgência de uma Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
A representante do Movimento Cultural Alagoano (Mova), Nina Magalhães, em seu discurso sobre o fomento à Cultura através de fontes e modos de financiamentos, foi enfática na importância do Fundo Municipal de Cultura e da ampla discussão com todos os setores culturais na construção da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
Após o evento o secretário Silvestre Rizzatto fez inúmeros contatos para futuros projetos. Entre eles, com o cantor alagoano Geraldo Cardoso; com o vereador de Maceió, Anivaldo Lobão, atividade da bandeira do rock; com o ator Chico de Assis, que em breve estará em Arapiraca ministrando curso de atores através da parceria entre SMCLJ e Secult; e com a coordenadora regente do Coretfal, Fátima Menezes, no sentido de viabilizar a realização de um encontro de corais em Arapiraca.
Encontro de Gestores de Cultura
Arapiraca marcou presença também no Encontro Alagoano de Gestores de Cultura, no último dia 26 no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa), em Maceió.
O evento realizado pela Secult teve como principal objetivo apresentar a estrutura operacional, áreas de atuação, objetivos estratégicos das superintendências da secretaria e o cronograma de atividades voltadas ao bicentenário de Emancipação Política de Alagoas.
Durante o encontro, a secretária Mellina Freitas ressaltou a abertura de diálogo e parceria entre a Secult e os gestores municipais de Cultura.
O secretário Silvestre Rizzatto, ao fazer uso da palavra, salientou a importância do momento para o cenário cultural alagoano. “A presença de 53 municípios no evento deixa claro o interesse dos gestores em efetivamente ter maior participação em ações culturais apoiadas pelo Estado”, comenta.
Silvestre também colocou a necessidade da Secult realizar capacitação em editais visando orientar os gestores e produtores culturais na leitura e interpretação correta dos editais lançados pelo governo estadual. “Muitos municípios deixam de participar ou inscrever seus artistas, mestres ou mesmo grupos por não entender a dinâmica colocada no processo. É importante que haja a participação de um número significativo de contemplados que representem os vários municípios alagoanos”, finaliza.