Implantada em 17 países, terapia não farmacológica chega a Arapiraca
O boneco de crochê fica com o bebê prematuro dentro da incubadora, acalmando-o.
O projeto ‘Polvinho do Amor’ foi apresentado na tarde dessa terça-feira (30), na Casa da Cultura, pela doula pós-parto e consultora em aleitamento materno, Lisandra Gomes, durante o encerramento da Semana 100% Mamãe e Bebê, que teve inicio no dia 22 de maio. A terapia não farmacológica, que nasceu na Dinamarca e já está presente em 17 países, consiste em um bonequinho de crochê em formato de polvo.
A ideia, que já foi implantada em cidades do Sul, Sudeste e Centro Oeste, foi apresentada em Arapiraca no dia 19 de março e no dia 23 os primeiros ‘Polvinhos do Amor’ foram levados para o Hospital Regional de Arapiraca. Segundo explicou Lisandra, o dia 19 não foi escolhido à toa, visto que o dia do artesão é celebrado nesse dia e a doula, que também é artesã, levantou essa bandeira por ter a consciência que a demanda é contínua e por isso precisa de uma mobilização.
O objetivo do projeto é fazer com que os bebês prematuros se acalmem e não se sintam solitários na incubadora. Com a implantação dos polvinhos nas UTIs neonatais, é perceptível que o bebê diminui os batimentos cardíacos quando está muito acelerado, melhorando a respiração e fazendo com que eles não fiquem puxando os equipamentos. E quando ficam exaltados, se agarram nos tentáculos do boneco.
“Gera todo um bem-estar porque o bebê mais calmo ele ganha peso mais rápido e os pais em si ficam mais tranquilos”, afirmou a doula.
O boneco de crochê atende todo um padrão de segurança: de cabeça, deve medir entre 7 e 10cm, já os tentáculos, não esticados, devem medir 16cm e esticados, no máximo, 22cm. Ao serem doados aos hospitais, eles passam por lavagem e esterilização hospitalar.
Além disso, está no protocolo que ao irem para suas casas, os bebês precisam levar o boneco, que vai ser de suma importância na adaptação da criança ao novo ambiente.
Durante o evento dessa terça-feira (30), um ‘Polvinho do Amor’ foi sorteado entre as mamães presentes.
Autor: Laís Pita