Raiva não tem cura e em quase 100% dos casos causa a morte de humanos e animais
Única maneira de prevenir e interromper a circulação do vírus é a vacinação, que acontece no próximo sábado (8) em Arapiraca
“A raiva é uma doença fatal e não tem cura”, afirmou o veterinário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) em Arapiraca, Francisco Carvalho. O dia “D” da Campanha Nacional de Vacinação antirrábica acontece no próximo sábado, dia 8 de abril, e é importante que os donos de cães e gatos tenham consciência da gravidade da doença e levem seus animais de estimação em algum dos 67 pontos de atendimentos que estarão distribuídos na Capital do Agreste.
A raiva é uma doença primária de animais que pode ser transmitida aos humanos ou vice-versa. “Essa zoonose é transportada ao homem através da inoculação do vírus, que se encontra presente na saliva e nas secreções do animal infectado”, esclareceu o veterinário do CCZ, Francisco Carvalho.
Na área rural do Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre. Já na área urbana, são os cachorros e cães a principal fonte de infecção. E são eles o público-alvo do dia “D” da Campanha de Vacinação contra a raiva.
Com 200 profissionais engajados, a meta é atender, no próximo sábado (8) das 8h às 17h, no município de Arapiraca, cerca de 22 mil cachorros e mais de 10 mil gatos. O trabalho na Zona Rural teve inicio há duas semanas e está sendo realizado de porta em porta. Entre vilas, povoados e sítios, mais de 132 localidades rurais serão atendidas pelos vacinadores.
O veterinário informou que a única forma de prevenir a doença e interromper a circulação do vírus nos animais é a vacinação. “Não existe um tratamento para a raiva”, afirmou Francisco. “Quando o animal ou o humano é infectado e os sintomas da raiva furiosa aparecem, restam apenas de 4 a 7 dias de vida”, explicou. “A probabilidade de letalidade é de quase 100%”, lamentou.
Sintomas
Aparecimento repentino de uma agressividade no animal e uma salivação excessiva por conta do impedimento do animal deglutir – que é causado pela paralisação dos músculos na região do esôfago e da laringe – são os principais sintomas da raiva furiosa, que aparece entre 3 a 6 semanas após o animal ser infectado.
Já nos seres humanos, os sintomas são característicos e duram de 2 a 4 dias: transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos, alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre e crises convulsivas periódicas.
“É muito importante que as pessoas compareçam no sábado (8), a doença não tem tratamento, é grave, severa e avança rapidamente. A vacinação é fundamental”, finalizou Francisco Carvalho.