Dia do Circo: magia circense permanece em Arapiraca até abril
Marcos Frota Circo Show e Circo de Teatro Palhaço Biribinha estão encantando a cidade
Marcos Frota Circo Show quer democratizar o acesso aos espetáculos (Foto: Divulgação)
Hoje, segunda-feira (27), é Dia Nacional do Circo. Uma data instaurada em 1987 em homenagem ao saudoso Abelardo Pinto, o Palhaço Piolim, engajado com os movimentos artísticos e culturais no Brasil. Ele estava sempre preocupado em divulgar a Arte como forma de expressão de seu povo, no começo do século 20.
Assim, Piolim foi laureado pelos intelectuais da Semana de Arte Moderna (Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti e outros) em 1922, como “o maior artista popular brasileiro”.
E Arapiraca tem muito a comemorar neste dia, já que dois grandes empreendimentos circenses estão alocados na cidade até o mês de abril.
Um deles é o Grande Circo Popular do Brasil, o Marcos Frota Circo Show, montado ao lado do Arapiraca Garden Shopping, no bairro Santa Edwiges, com preços populares e horários flexíveis para toda a família poder participar junto desse momento único.
Idealizado pelo ator global Marcos Frota, que também criou a Universidade Livre do Circo (Unicirco), o intuito central é o de democratizar ainda mais o acesso a esse universo mágico, fato que era marcante nos interiores do país nas décadas passadas.
Isso se deve a uma experiência de Marcos ainda criança com o circo mambembe, feito por ciganos com ligação muito forte com o teatro europeu.
Segundo ele, a sua primeira visão sobre o ambiente foi um choque tremendo pela quantidade de cores e misticismo em volta do espetáculo. Ali ele viu que estava destinado a propagar aquela Arte por todo o Brasil. O Marcos Frota Circo Show percorre todo o país e fica no município arapiraquense até o próximo dia 2.
Outro grande que está entre nós é o ator, diretor, Patrimônio Vivo da Cultura Alagoana e mestre das Artes Circenses, Teófanes Silveira, com o Circo de Teatro Palhaço Biribinha. Ele está erguido no Parque Municipal Ceci Cunha, em frente ao Ginásio João Paulo II, bairro do Centro, e fica lá até o dia 9 de abril (leia mais aqui).
A proposta dele é ousada: apresentar todo dia um espetáculo diferente, remontando peças das décadas de 1970 e 1980, a contextualizá-las para o nosso tempo. Além delas, há também espetáculos com textos inteiramente autorais assinados pelo mestre, que dá nome à Escola Municipal de Circo Teófanes Silveira – Palhaço Biribinha, situada no Bosque das Arapiracas.
Fato que ele conseguiu ainda em vida e coisa que o saudoso Palhaço Piolim queria ter concretizado até sua morte em 1973, mas não pôde. Ficou então a intenção, ficou o legado para que a cultura circense não morresse.
Embora os circos populares estejam perdendo força, locais como a Escola de Circo de Arapiraca só fomentam a prática e salvaguardam esta tradição milenar. Durante o ano letivo, a instituição atende centenas de alunos da Rede Municipal de Ensino com aulas de malabarismo, monociclo, atividades no tecido, equilibrismo, iô-iô chinês e palhaçaria, entre outros.