Prefeitura realiza reunião com proprietários de cavalos que circulam no Bosque das Arapiracas
A ação inicia um processo de cumprimento de Lei Municipal, que proíbe a permanência de animais em vias públicas
O Centro de Controle de Zoonoses de Arapiraca (CCZ), por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou reunião, na manhã desta sexta-feira (24), com carroceiros e proprietários de cavalos que circulam no Bosque das Arapiracas.
O intuito foi a preocupação com a ocupação inadequada de animais, nas vias públicas, possíveis causadores de acidentes e transmissores de doenças.
Neste primeiro momento, a equipe esclareceu a lei que proíbe a permanência dos animais soltos em vias públicas, além de comunicar aos seus proprietários sobre o início das ações de apreensões e conscientizar sobre os problemas gerados. Na reunião, estiveram presentes representantes das secretarias de Serviços Públicos e de Agricultura e Meio Ambiente, do CCZ, lideranças comunitárias e donos de animais.
De acordo com a Lei 1997/97, artigo 127 do Código Municipal de Saúde de Arapiraca, “é proibida a permanência de animais soltos nas vias públicas, praças, estradas ou caminhos”. Tais animais deverão ser recolhidos ao CCZ. O objetivo do cumprimento da Lei é, entre outros motivos, reduzir o número de acidentes de trânsito; preservar a saúde e bem-estar da população; e evitar o acúmulo de sujeira na ruas.
Segundo Félix Carolino, médico veterinário do CCZ, a Lei Municipal já autoriza a apreensão dos animais encontrados nas vias públicas, mas a Secretaria de Saúde preferiu agendar a reunião com a comunidade, antes de realizar a ação de fiscalização e recolhimento dos animais, que começa na próxima segunda (27).
“É importante que os donos dos animais entendam que as vias públicas são para a circulação de pessoas. E que a Lei se baseia no bem-estar da população. No caso do Bosque das Arapiracas, a presença constante deles tem causado preocupação e, por isso, estamos tomando as medidas legais”, explicou o veterinário.
Ele ainda comentou sobre o “passe responsável”, que faz referência à responsabilidade do proprietário do animal, sobre qualquer dano causado. “Acidente é o mais comum de acontecer com animais em vias públicas, mas não podemos esquecer das doenças transmitidas por eles”, completou.
“É fundamental que haja essa conscientização entre os proprietários dos animais para que seja firmada uma parceria. Pensamos no eficiente funcionamento das vias públicas, como também na saúde da população”, comentou a secretária de Serviços Públicos, Vanessa Sampaio.
Entre os participantes da reunião, Gerlan Fabiano da Silva, proprietário de um animal, disse concordar com a ação e se sentiu valorizado com a visita dos técnicos, antes de ser realizada a apreensão dos animais.
“Eu tenho um cavalo, mas não concordo em deixá-lo no Bosque. Sei que fica muita sujeira e ainda tem essa história das doenças. Mas tem dono de animais que não entende. Acho que só mesmo com o recolhimento para acabar com o problema”, comentou ele.
Autor: Ana Cavalcante