9 de março de 2017

Casa da Cultura abriga exposições e debates sobre o papel da mulher na sociedade

Nesta quarta-feira (8), houve o lançamento do projeto “Mulher, Arte e Memórias”

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Grupo de afoxé Pérola Negra se apresentou no tablado do local (Foto: Antônio Lima)

 

Lugar de mulher é onde ela quiser. Na liderança de uma empresa, na militância estudantil, na cozinha, nas artes, na construção civil, no futebol, na Casa da Cultura.

Nesta quarta-feira (8), onde se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura de Arapiraca realizou o lançamento do projeto “Mulher, Arte e Memórias”.

Com curadoria da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Juventude e do Memorial da Mulher Ceci Cunha, o evento se deu na Casa da Cultura e Biblioteca Municipal Professor Pedro de França Reis, na Praça Luiz Pereira Lima, bairro do Centro, dentro da extensa programação do Mês da Mulher com a campanha “#SomosTodasUma – Combater a violência contra a mulher é obrigação de todxs”.

Na oportunidade, o prefeito Rogério Teófilo acompanhou as exposições no hall do local, apresentações culturais e a mesa-redonda, assegurando que o setor será uma das prioridades de seu governo.

“A Cultura tem um papel único: transformar realidades a partir do ambiente já formatado. Ou seja, dá para falar sobre a mulher para além do discurso preestabelecido. Ela, a figura feminina, é o elo, o símbolo da determinação, a vanguarda. A mulher tem força dobrada. E debater sobre esse seu espaço no campo social é fundamental para avançarmos sempre com humanidade”, diz Teófilo.

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O prefeito de Arapiraca acompanhou de perto a programação (Foto: Antônio Lima)

 

Isto podia ser visto na exposição fotográfica a “Educação Não Tem Cor”, da dupla Ana Karlla Messias e Taciane Teixeira. O tema da mostra traz a escola como um canal de debate sobre a identidade negra e a mulher no contexto atual na nossa sociedade. As imagens foram feitas todas com alunas da Rede Municipal de Ensino.

Outra exposição foi a “Reciclando Memórias”, da artesã Lucineide Bispo, em parceria com a artista plástica Míria Teixeira. “Luarte”, como é conhecida, alia lixo à arte e versa temas como Mulher, História e Meio Ambiente, utilizando materiais recicláveis como matéria-prima para a confecção de luminárias, artigos de decoração e lembracinhas.

No auditório da Casa da Cultura, houve a performance do grupo de afoxé Pérola Negra, da comunidade quilombola Pau d’Arco, a enfatizar a dança e as nossas raízes afrodescendentes.

Em seguida, ocorreu a mesa-redonda “Busca Por Igualdade Social”, com Marta Eugênia, Égide Amorim, Laurinete Baísilio, Ana Karlla Messias, Taciane Teixeira e Lucineide Bispo, todas elas falando um pouco sobre suas áreas de atuação e os desafios. Dessa forma, elas receberam o Certificado de Notoriedade Cultural Pedro de França Reis e o Certificado de Notoriedade Cultural Ceci Cunha por seus feitos no âmbito da Cultura arapiraquense.

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A pedagoga e professora Laurinete Basílio: “Somos iguais” (Foto: Antônio Lima)

 

“Queremos apenas assumir o papel que nos é de direito. Somos iguais, não biologicamente, mas estamos longe de ser frágeis. Aguentamos firmes o que vier e precisamos retratar isso para as gerações futuras”, comenta a pedagoga e professora Laurinete.

Para a poeta Marta, uma mulher além de tudo se constrói mulher. “Ela precisa se domar, tomar posse de si. Precisamos experimentar a nossa própria voz”, conclui ela.

Ressaltando os avanços dos últimos anos, a estudante de Letras da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Fernanda Santos, disse que as mulheres não querem “ultrapassar” os homens. “Nossa bandeira é a da igualdade, da paridade de gênero. E estamos em um caminho de muita luta por vir”.

Ao final, parabenizando todas as mulheres presentes, o secretário Municipal de Cultura, Lazer e Juventude, Silvestre Rizzatto, colocou que a Casa da Cultura reflete bem essa dinâmica de mudança e estará sempre aberta para discussões pertinentes ao crescimento intelectual e cultural de Arapiraca.

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As exposições ficam lá até o fim deste Mês da Mulher (foto: Breno Airan)