5 de outubro de 2016

Metodologia Liga Pela Paz utiliza o teatro para estimular a reflexão

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Inicialmente, dispostos em uma fileira no pátio de intervalos e recreações, os alunos do 5º ano da Escola João Lúcio da Silva, na Vila Aparecida, em Arapiraca, tinham uma missão para lá de especial: encenar a peça “A Liga Pela Paz e o Mistério das Emoções Sequestradas”.

A “Hora do Teatro” é um convite aos educandos da Metodologia Liga Pela Paz para que eles possam aprender não só com os livros, mas também com a arte de se colocar no lugar do outro, refletindo, sobretudo, a partir dos temas propostos no livro.

A metodologia faz parte do programa de Educação Emocional e Social implantado nas 57 escolas da rede municipal arapiraquense e fruto da parceria entre a Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), Prefeitura de Arapiraca, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), e organização Inteligência Relacional.

O recurso da dramatização de cenas do cotidiano é um exercício que busca a reflexão de realidades próprias, como também de situações distantes, por meio da representação, além de ser um canal em que o professor e alunos podem se expressar e dar asas, caras e bocas à criatividade e imaginação com a finalidade de compreender e transformar os conflitos.

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A peça encenada retrata como as emoções são importantes para a evolução e sobrevivência do ser humano, afinal, elas atuam como uma espécie de “energia” e ao mesmo tempo “escudo” que nos levam a agir em quaisquer situações e até mesmo nos livram de situações desagradáveis ou inesperadas.

“Com a Liga Pela Paz, aprendi que a gente deve sempre conversar e nunca usar a violência. É preciso acreditar em nós mesmos, ajudar nossos colegas. Estamos mais motivados a estudar”, declarou a pequena Mariana de Oliveira, de apenas 11 anos de idade.

Além de todo o material psicopedagógico disponível para os alunos beneficiados com a Metodologia Liga Pela Paz, há 6 meses, a professora Edjane Cavalcante da Silva também elabora outros exercícios e paródias inspirados nas temáticas das aulas de Cultura de Paz e Não Violência.

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“As crianças estão aprendendo muito com os livros, as músicas, os jogos, enfim com todas as estratégias psicopedagógicas da metodologia. A Liga Pela Paz está nos ajudando bastante. É importante para mim, pessoalmente, entender as minhas emoções para então compreender as dos meus alunos”, declarou a professora Edjane.

Ao menos um dia da semana, ela reúne-se com seus alunos no pátio para cantar, ler as histórias da Liga Pela Paz, além de também dar vez e voz às reescritas por eles mesmos. E conclui ao afirmar: “Estava faltando uma metodologia como essa para a Educação. A gente tem que saber pensar antes de agir. As emoções podem estar à flor da pele, mas estamos aprendendo a lidar com elas”.