27 de outubro de 2016

Arapiraca discute o uso de drogas e atenção a essas pessoas

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Falar sobre drogas é sempre um assunto que carrega muito preconceito. No sentido semântico mesmo da palavra: pré-conceito.

Há de se ter uma abordagem clara para que não se caia no senso comum, discriminando antecipadamente quem usa entorpecentes – que, quer queira quer não, fazem parte do convívio da Humanidade em sua história terrena.

Por isso, o Comitê Gestor de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizou nesta quinta-feira (27) o I Fórum Intersetorial em Atenção às Pessoas que Fazem Uso de Substâncias Psicoativas.

O evento foi importante porque, além de especialistas no assunto, ainda contou com a presença e participação de indivíduos que utilizam drogas, seja por vício ou de forma recreativa.

“É primordial esse contato com o usuário. O depoimento deles é um indicativo para os caminhos que devemos tomar enquanto gestores públicos”, coloca a psicóloga Emylia Ferreira, à frente do Projeto Redes em Arapiraca.

Segundo a doutora em Saúde Coletiva, supervisora nacional do Redes e terapeuta ocupacional, Luciana Surjus, “o uso de droga não é o problema maior, mas o cenário em que se está inserido [sobretudo, as crianças]. Isto que tem que ser trabalhado com uma rede integrada de Saúde, Assistência Social, Educação, Esporte e Cultura funcionando em prol da população em vulnerabilidade social”.

Para a prefeita Célia Rocha, em Arapiraca, o mais importante são as pessoas. Por isso, a necessidade de uma discussão mais aprofundada do tema.

Além da Emylia Ferreira, estiveram presentes ao fórum pessoas que trabalham diariamente na recuperação de indivíduos que fazem o uso de drogas e especialistas no assunto, como a Cledja Almeida, representando a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o Comitê Gestor de Enfrentamento às Drogas; Maria José Carneiro, coordenadora do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV); Gleyson Amaral, representando a Secretaria Municipal de Educação (SME); Giane Silva, subsecretária Municipal de Governo; e Riva Karla Vieira, coordenadora de Saúde Mental e Álcool de Limoreiro de Anadia.

Esta última, psicóloga mestranda em Saúde Mental pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), deu uma palestra com o tema do fórum aliado à pergunta: “O Que Podemos Fazer?”. Estar discutindo já é um bom caminho.

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