5 de junho de 2016

Por todas elas: arapiraquenses realizam ato contra a Cultura do Estupro

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De acordo com a Bíblia, a primeira mulher, Eva, foi criada a partir da costela de Adão, mostrando, com isso, que ela era a companheira, a protetora da vida.

Com o passar dos anos, a mulher enfrentou obstáculos, viveu preconceitos (ainda vive), e, com muita luta, conquistou seu espaço – virou líder no trabalho, dona de casa, a esperança de um povo, virou “mulher guerreira”.

A mulher, segundo várias canções, é o bem mais precioso da vida. Esta descrita da forma mais romântica nas letras de grandes artistas do Mundo inteiro. A mulher é poesia, é canto, é paz, é, segundo a cantora Elba Ramalho, a mais linda obra prima que alguém já viu.

“(…) Mulher…
Que a divina natureza fez surgir
A mais linda obra prima que alguém já viu
Assim nasceu a mulher
Nas mãos de Deus…
Mulher…. mulher …. mulher”

*Trecho da Música “Mulher” – Ouça: https://www.vagalume.com.br/elba-ramalho/mulher.html

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Mas não são só de elogios e flores que vive a mulher, ainda mais no Brasil, onde a cada onze minutos uma mulher é estuprada. Detalhando esses números, observa-se que são 130 estupros por dia, 47.450 por ano. São dados alarmantes, preocupantes, e que merecem a preocupação de toda sociedade.

E foi pensando em lutar contra essa “Cultura do Estupro”, que um grupo de mulheres de Arapiraca realizaram um ato neste sábado (4), na Praça Luiz Pereira Lima, bairro do Centro.

Na ocasião, houve um debate sobre o tema. Também foram produzidos cartazes que representaram a indignação contra a violência sexual, relatando que as vítimas não têm culpa, que não é normal cometer estupro, e que a pratica deve ser punida da forma mais rigorosa.

Após a discussão, o grupo de jovens mulheres saíram pelas principais ruas do Centro de Arapiraca, proferindo palavras de ordem com os cartazes feitos à mão.

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A secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Hyseth Santos, fez questão de participar do ato. Para ela, toda forma de protestar contra violência é importante para construção de uma sociedade mais justa.

“Esse ato mostrou que as mulheres de Arapiraca estão preocupadas com a situação que o Brasil vive, com essa cultura de estupro que tanto assola os estados brasileiros. Foi muito importante para alertar também outras pessoas, principalmente os homens, que mulher é para ser amada e não para ser usada”, colocou.

Hyseth também fez questão de lembrar que a prefeitura implantou o Centro de Referência e Atendimento a Mulher em Situação de Violência (CRAMSV), atendendo a vários casos ocorridos no município.

“Foi um pedido da prefeita Célia Rocha. Desde o início da gestão, garantiu mais investimento para o centro e, consequentemente, para as arapiraquenses. São cerca de mil atendimentos, no âmbito social, psicológico e jurídico. E ainda temos o grupo de vivências “Bem-Me-Quer”, que semanalmente realiza encontros com a finalidade de debater as experiências vividas pelas próprias usuárias. Tudo isso para fortalecer a autoestima dessas mulheres”, concluiu.