14 de dezembro de 2015

Célia debate estratégias contra dengue em reunião na AMA

A prefeita de Arapiraca, Célia Rocha, participou, nesta segunda-feira (14), em Maceió, de reunião com dezenas de prefeitos e prefeitas de Alagoas, para debater estratégias para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e outras doenças.

                                                                                                               Com Assessoria AMA

O secretário de Saúde de Arapiraca e presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Ubiratan Pedrosa, e a secretária estadual de Saúde, Rozangela Fernandes, também estiveram na reunião com os representantes dos 102 municípios de Alagoas.

Todos estão em alerta e dispostos a fazer o que for preciso para vencer a batalha contra o mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue, chikungunya e zica, responsável pela ocorrência dos casos diagnosticados de microcefalia.

Na última reunião do ano da Associação dos Municípios, AMA, o presidente Marcelo Beltrão propôs um dia “D”, de ações conjuntas em todas as cidades, com a participação do governador Renan Filho e equipe estadual,  prefeitos, secretários, funcionários e a sociedade.

Uma comissão mista com representantes dos municípios, Cosems e governo também vai acompanhar o trabalho que está sendo desenvolvido. O tradicional recesso de final de ano também deve ser suspenso para que o trabalho não sofra descontinuidade.

“Os municípios não vão fugir a luta. Peço engajamento de todos para que juntos possamos vencer esta guerra”, disse o presidente , acrescentando que, mesmo com o atraso dos repasses federais e a sobrecarga de responsabilidades, os gestores vão manter todas as atividades. Beltrão, que participou em Brasília do lançamento de uma campanha nacional, disse que não percebeu mobilização para liberação de recursos, “ o que preocupa muito os gestores já condenados a trabalhar em dezembro com uma redução de 12% do FPM e já têm previsão do Tesouro Nacional de uma queda de 17% em janeiro de 2016 com relação a janeiro de 2015”, afoirmou.

Com 70% dos municípios infectados, o quadro é de preocupação, disse a secretária estadual de Saúde, Rosângela Wyszomirska  e, agora, a luta é para evitar mais ocorrências. Ela garantiu o compromisso do Estado em atender aos municípios e anunciou a antecipação do incentivo de vigilância à saúde, pactuado com o Cosems.

Com o Decreto de Emergência em vigor, os municípios também vão poder requisitar a defesa Civil e a Guarda Municipal para auxiliar aos agentes comunitários de saúde hoje, insuficientes para cobrir todas as exigências e visita a residências urbanas e rurais.

Para o presidente do Cosems, Ubiratan Pedrosa, “ou se combate, ou se combate”. Não há meio termo. Ele também chamou atenção para a irregularidade por parte do Ministério da Saúde na distribuição de larvicidas e denunciou o atraso nos repasses de pelo menos 10 programas federais como PAB, 13 º dos agentes de endemias, PMAQ, atenção domiciliar, vigilância à saúde, assistência farmacêutica, MAC, rede cegonha, de urgência e viver sem limite.

O prefeito Jorge Dantas, Secretário Geral mostrou as representantes do Ministério Público, Federal- Roberta Bonfim e Estadual, Micheline Silveira , que participaram da reunião , a necessidade da União ser chamada à responsabilidade. Os municípios hoje empregam mais de que os 15% exigidos pela Constituição. Alguns em Alagoas, como Arapiraca, já chegam a 32%. “Uma situação insustentável, é hora do governo federal ser judicionalizado e responder pelos atrasos e contingenciamentos que está fazendo na saúde”, acrescentou a prefeita Célia Rocha. Presidente do Tribunal de Contas do Estado, o conselheiro Otávio Lessa também se mostrou preocupado com a situação dos municípios e propôs que , através dos mecanismos jurídicos existentes, a União seja responsabilizada.

A secretária estadual também anunciou uma campanha de comunicação para mostrar a sociedade a importância do engajamento de todos. Essa campanha foi defendida  como fundamental nesse processo porque se não houver a participação das comunidades, não há como o poder público conseguir deter o avanço do mosquito.

Os dados atuais divulgados , principalmente dos casos de microcefalia, colocam o país numa situação alarmante e de vulnerabilidade . “Não podemos permitir que uma geração de mães seja condenada a ter filhos com problemas, ou mesmo que adiem, por medo, o sonho da maternidade, acrescentou o prefeito Jorge Dantas.

Todos têm que fazer sua parte e seguir as orientações técnicas básicas, como evitar acúmulo de lixo, água parada, cobrir os recipientes de água , e matar os ovos do mosquito.”É um estado de guerra e o mosquito não pode vencer essa luta, finalizou a secretária Rosângela Wyszomirska. 

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