Agapi: humanização do parto natural é discutida em Arapiraca

Para mudar o modo de viver é preciso dar importância ao modo de nascer. Com estas palavras, o Curso de Formação de Multiplicadores Agapi (Arapiraca Garante a Primeira Infância) iniciou nesta sexta-feira (23) no auditório do Centro de Referência Integrado de Arapiraca (Cria).
O evento, uma parceria entre a Prefeitura e a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV), recebeu o consultor paraibano Francisco Lázaro Pereira de Souza, que ministrou a “Formação em Humanização do Parto e Nascimento”.
Ele pontuou o parto mais que um fenômeno biológico com dimensões emocionais complexas. “Quando isto acontece, nasce ali também a concepção de uma família em si. A criança traz isso consigo – uma significância ainda maior, de esperança para um lar, onde tudo começa”, coloca.
Com efeito, o especialista ainda pontuou a necessidade de debater este tema do nascimento/parto natural na sociedade em geral, pois cada vez mais cesarianas estão sendo feitas – e, por vezes de forma errada, estimulada por médicos obstetras.
Várias frases foram postas nas paredes do auditório para que uma dinâmica fosse feita durante o curso. Cada participante se apresentou e falou um pouco dos desafios no ambiente de trabalho e experiências pessoais a respeito da maternidade.
A maioria externou que o importante não é nascer depressa, mas nascer bem, com acompanhamento devido, tanto no pré-natal quanto no período puerpério. Isto é, é preciso que uma rede de atendimento e amor envolva a mulher gestante neste momento.
“O Agapi consegue reunir vários setores como a Saúde, Educação e Assistência Social e o que mais me encanta é que o programa faz com que velhos discursos aconteçam em prol da primeira infância”, conclui o ginecologista, obstetra e consultor da FMCSV, Franscico Lázaro.
Participaram do momento dezenas de profissionais de diversas áreas, atuando nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e nos Centros de Educação Infantil (CEI), as creches municipais, onde há territórios do Agapi.