31 de agosto de 2015

João Caboclo-Linho é homenageado na Semana da Cultura Popular

Com vasta programação, a Semana da Cultura Popular de Arapiraca se encerra nesta segunda-feira (31), mas a homenagem ao cordelista João Caboclo-Linho vai perdurar.

Até o próximo dia 16 de setembro, situada na Casa da Cultura, a mostra fotográfica “Guardiões da Memória”, por Lourdes e Silvestre Rizzatto, traz registros de diversos mestres da Cultura Popular e folguedos da região. E o João Caboblo-Linho é o chamariz desta exposição, postado logo à frente.

Ao lado de sua foto, feita tendo como pano de fundo a legítima literatura de cordel, há um acervo com cadernos, blocos e agendinhas do poeta popular, onde ele rabiscava seus escritos antes de virarem publicações.

A Casa da Cultura fica na Praça Luiz Pereira Lima (antiga Praça da Prefeitura), bairro do Centro, e é aberta em horário comercial. A entrada para a exposição “Guardiões da Memória” é franca.

História

João Gomes de Oliveira, popularmente conhecido como João Caboclo-Linho de Alagoas, nasceu na cidade de Pão de Açúcar-AL, no dia 23 de março de 1930. Depois de passar pelas usinas Ouricuri, São José e Canafístula do Cipriano, em 1947, inicia seu trabalho de poeta-repentista.

De 1957 a 1980, residiu em Juazeiro do Norte-CE, onde se instalou com um box no mercado, vendendo artigos religiosos. Ele percorreu o Nordeste e cantou com grandes improvisadores como Antônio Aleluia, José Faustino Vila Nova, João Alexandre e Pedro Bandeira, entre outros.

Possui um grande arsenal de trabalhos a publicar, com mais de 40 estilos de rimas diferentes. Escreveu, também, folhetos de cordel, alguns já publicados. Participou da coletânea “Canteiros da Poesia”, lançada pela Academia de Artes e Letras de Arapiraca (Acala), em 1988. Ele também lançou os livros “Flor da Poesia” e “Padre Cícero em Poesia”.

Nos seus últimos anos, dedicou-se a fazer palestras e apresentações folclóricas em escolas de Arapiraca. Também apresentava um programa na emissora de rádio comunitária “A Voz do Povo, A Voz de Deus”, onde recitava poemas, cantava repentes e fazia comentários sobre folclore.

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