7 de agosto de 2015

Arapiraca debate avanços nos 9 anos da Lei Maria da Penha

  Em nove anos desde a vigência da Lei Maria da Penha, cerca de 10% dos homicídios dentro de casa diminuíram. Os dados são de um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e os reflexos se dão no dia a dia. Muito mais denúncias estão sendo feitas nas delegacias e centros de acolhimento às mulheres. E, em Arapiraca, nesta sexta-feira (7), aconteceu um encontro no auditório da Casa da Cultura, bairro do Centro. Na oportunidade, a secretária Municipal de Políticas Para as Mulheres, Hyseth Santos, ressaltou os avanços que a lei ocasionou na sociedade brasileira, ao passo que a figura feminina tem ganhado muito mais espaço no mercado de trabalho. “É necessário que além de denúncias por parte das vítimas de ocasionais agressões físicas e psicológicas – estas últimas com maior incidência em Arapiraca –, a Delegacia, o Juizado e Secretaria da Mulher trabalhem em conjunto para mudar de vez esses quadros”, diz Hyseth Santos. Dezenas de pessoas, entre coordenadores de instituições de ensino e estudantes, estiveram no encontro que debateu os 9 anos da Lei Maria da Penha, com orientações advogada Aline Daiane, do Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência A especialista mostrou o ciclo da violência doméstica, subdividido em três fases: a primeira é a de tensão (ameaças, xingamentos); a segunda, explosão (agressão física e/ou sexual); e, por fim, a reconciliação (arrependimento do agressor). Ela falou ainda sobre o tipo adicionado no Código Penal que prevê pena específica para quem cometer “feminicídio”, em vigor desde abril deste ano. Cramsv O contato do Cramsv é o (82) 3521-5211. Ele é situado Rua Padre Jefferson de Carvalho, bairro Alto do Cruzeiro, onde há uma equipe de profissionais especializados para atender a estas vítimas, contando também, às quartas-feiras, a partir das 9h, com reuniões semanais do grupo Bem-Me-Quer. Em dois anos de atividades, o Cramsv já realizou mais de 800 atendimentos. De acordo com a secretária Hyseth Santos, este grupo visa o fortalecimento da autoestima das envolvidas que vivem em situação de violência, incentivando-as a um recomeço de vida distante dos maus-tratos e agressões de seus parceiros.

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