9 de outubro de 2014

Rodando o Brasil, artistas de rua se apresentam em Arapiraca

O teatro e o circo sempre andaram juntos na corda bamba das artes. Os que o fazem se aventuram por esses caminhos, sabendo que esta vida artística não é fácil e que o reconhecimento vem com o tempo. Cientes disso, um casal de palhaços resolveu pegar a estrada.

Com rumo às esquinas e praças do Brasil, ambos levam animação, espontaneidade e reflexão para o público de São Paulo até o estado do Ceará, apresentando o projeto itinerante “Semente da Sorte”, da Cia da Sorte.

Nesta sexta-feira (10), os artistas Rafael Trevo e Lelê Marins apresentam o espetáculo “Segura Mamãe”, a partir das 18h no Mercado do Artesanato Margarida Gonçalves, no Parque Municipal Ceci Cunha, bairro do Centro.

Na última segunda (6), a dupla esteve no projeto “Cultura na Praça”, na Praça Luiz Pereira Lima, e apresentou a montagem a todos os presentes que acompanhavam o resgate da nossa cultura popular no dia da nossa tradicional Feira Livre de Arapiraca.

“Chegamos em Arapiraca e logo fomos conhecer o local que faríamos a apresentação. Com uma estrutura muito legal – aliás, passamos por várias praças interessantes no Centro da cidade, com grande potencial de ocupações artísticas – e ficamos animados, ainda mais pelo espetáculo acontecer em um dia de encontro! Encontro pela ‘desculpa’ da feira, mas parece mesmo que a motivação principal é o forró para dançar e o forró para olhar”, diz Rafael Trevo.

A dupla de palhaços se surpreendeu na hora do espetáculo, pois a maioria do público era de adultos e idosos. “E, mais uma vez, a rua nos trouxe a maravilha da descoberta desse respeitável público. Entre carreatas políticas, forró e malabaristas amadores, a Cia da Sorte se apresentou e foi sucesso! Agradecemos ao Sesc Arapiraca e às secretarias de Educação e de Cultura e Turismo pela acolhida, apoio e entusiasmo”, adianta Lelê Marins, ressaltando que no mesmo dia eles fizeram uma Oficina de Malabares para crianças do Lar São Domingos.

O projeto Semente da Sorte é um projeto independente, com sua produção financiada coletivamente. A sua execução foi mantida através do “chapéu” – isto é, o público é quem dá sua contribuição –, trocas e apoios de hospedagem, combustível e alimentação, junto a algumas secretarias de Cultura das cidades em que passou. O casal da Cia da Sorte percorrerá 13 estados brasileiros em um Fusca.

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