21 de julho de 2014

Estudantes fazem intervenção artística em praças de Arapiraca

A arte conceitual tomou duas das principais praças de Arapiraca nesta segunda-feira (21). Um grupo de alunos do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) resolveu fazer uma intervenção urbana expondo as mazelas da violência que têm avançado em nosso estado.

Desde abril do ano passado, a prefeita Célia Rocha cobra do Governo do Estado e da Secretaria de Estado de Defesa Social mais ações efetivas de segurança em nosso município. Em diversas reuniões, foram solicitadas a ampliação do contingente da Polícia Militar, a construção das prometidas cinco bases comunitárias e a implantação do videomonitoramento.

Com a crescente na violência no município, os estudantes do Ifal – envolvidos no projeto de extensão CriArtVírus sob orientação do professor de Artes, Judivan Lopes – levaram até a Praça Deputado José Marques da Silva e Praça Luiz Pereira Lima, ambas no bairro do Centro, duas instalações que representavam, de forma tangível, os homicídios na cidade.

Expostas ao sol, cruzes de madeira em um tapete vermelho de sangue indo até um corpo feito de materiais como gesso, onde eram estampadas notícias referentes ao tema de 2010 para cá. “A resposta do público foi muito satisfatória para esta nossa investida. Arapiraca tem que dirigir o olhar para esta questão”, diz o aluno do Ifal, Ziel dos Santos Mendes, um dos que organizou a mostra e coletou depoimentos que pela Praça Luiz Pereira Lima passavam.

No local, estava a imagem imóvel de um homem. Já na Praça Marques, havia a representação de uma mulher, reiterando os casos de violência doméstica.

Agora, as instalações artísticas devem ficar expostas no Museu Zezito Guedes. Segundo os alunos, o objetivo a partir disso é despertar nos arapiraquenses a reflexão de diversos temas que virão como ecologia. O projeto começou em março por meio de uma incubadora de ideias.

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