1 de julho de 2014

Crianças tomam os espaços e prestigiam São João de Arapiraca

A luz do descobrimento é uma das poucas situações que, quando se é criança, abre-se um leque de infinitos vieses de influência. Ainda pequenos, os arapiraquenses estão conhecendo de perto suas raízes.

Isto pôde ser claramente visto nos arraiais comunitários do São João de Arapiraca 2014, considerado o maior do Brasil em termos proporcionais. Muitas crianças e adolescentes assistiam a tudo da plateia, empolgados.

“Ver algo assim, presenciar esse resgate da nossa cultura é no mínimo um mundo novo de possibilidades para eles. A prefeita Célia Rocha sabe dessa aproximação que há entre comunidade e nossa cultura regional e investe nisso todos os anos”, diz a secretária Municipal de Cutlura e Turismo (Sectur), Tânia Santos.

Excursionando com o coco de roda Balança Mas Não Cai pelos arraiais de Arapiraca, o pequeno Cléber Júlio Pereira Silva, de 10 anos, mais conhecido como “Índio”, estava tocando reco-reco.

“Eu via o grupo em apresentações no bairro de Santa Edwiges e fiquei interessado em participar dos shows, não dançando, mas tocando. Adoro essas músicas do coco”, diz ele, que é estudante do 5º ano da Escola de Ensino Fundamental Carlos Alberto de Albuquerque Melo. Ele é orientado pelo puxador Eduardo Kellvy Rodrigues.

“Gosto de trabalhar com jovens até porque sou um. Tenho 24 anos e venho com este projeto do coco de roda há seis. É muito importante que seja resguardada nossa tradição e a Prefeitura de Arapiraca e a Sectur têm nos ajudado bastante a alavancar isso”, destaca o puxador do Balança Mas Não Cai.

É o caso do jovem estudante Wesley Pereira Bispo, de 19 anos. “Esse é meu terceiro ano com eles. Prefiro dançar coco de roda a quadrilha. Há poucos grupos destes aqui em Arapiraca e temos que levá-lo à frente, não deixar o coco morrer”, pontua.

Na plateia, podiam-se ver várias crianças e adolescentes com seus pais. O metalúrgico Ednaldo Martins, 30, que mora no Jardim das Paineiras, levou sua filha Letícia, de apenas três anos. “Ela tem que aprender desde cedo a valorizar o que é da terra”, comenta ele, no Arraiá das Paineiras, vendo os folguedos e a quadrilha junina.

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