Governo de Célia investe na Casa da Menina e estimula adoções
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João Antônio da Silva, de 51 anos, arquiteto e morador da cidade de São Paulo, e sua esposa Maria Inácio da Silva, 53, viviam em um lar feliz – mas reconheciam a necessidade de algo a mais, o impulso que os fizesse completar a harmonia conjugal. Foi quando descobriram, por meio da indicação de amigos, a Escola Profissional Lar de Nazaré, conhecida como a Casa da Menina de Arapiraca.
Lá, conheceram a história apaixonante de duas irmãs gêmeas abandonadas pela família biológica e, após os procedimentos legais e burocráticos necessários, resolveram adotá-las. “É muito bonito e satisfatório poder chegar em casa e receber todo aquele afeto dos filhos e ver aquela bagunça gostosa, realizada por traquinagem de criança. Esse sentimento nos faltava e, com a chegada das nossas duas filhas, me sinto realizado e rejuvenescido”, revelou o arquiteto.
Para a prefeita Célia Rocha (PTB), o momento é ideal, já que as esperanças de todos se renovam com o raiar de um novo ano. “Estamos muito felizes com o resultado desse trabalho e, mais ainda, com o acolhimento dessas novas famílias a essas crianças. Sabemos da responsabilidade dessa iniciativa e da necessidade de continuar investindo nele, cuidando de cada criança”, comemorou a gestora.
Uma nova Casa
Fundada no dia 9 de agosto de 1998, pelo monsenhor Aldo de Melo Brandão, a Casa da Menina vem desenvolvendo, com o passar dos anos, ações integradas de acolhimento, educação e saúde para meninas com faixa etária entre 4 meses e 17 anos de idade.
Este ano, por solicitação do monsenhor Aldo à prefeita Célia Rocha, a instituição passou a receber apoio e coordenação da Prefeitura de Arapiraca, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).
No local, sob indicação da prefeita para assumir a coordenação do abrigo, há seis meses, Zuleide Alcântara – ou Dona Zu, como é tratada por todos – tem desempenhado papel fundamental à frente da instituição, contribuindo para a formação do caráter moral e psicoeducacional das jovens.
Agora, dentre as atribuições da equipe da Prefeitura, está a busca por famílias para as meninas internas. Após um longo período sem realizar adoções – devido a baixa procura de famílias e ações burocráticas da Justiça –, seis jovens foram acolhidas e já se encontram abrigadas com suas novas famílias, a exemplo das gêmeas.
Os interessados em adotar uma das garotas devem comparecer ao Fórum Desembargador João Oliveira e Silva, no bairro de Santa Edwiges, com RG e comprovante de residência, para receber informações iniciais a respeito dos documentos necessários para dar continuidade ao processo. Após análise e aprovação dos papéis, entrevistas serão realizadas com a equipe técnica das varas da Infância e da Juventude.
“Elas passam por um período de transição, no qual são designadas a adaptação familiar; uma espécie de guarda colaborativa, onde, durante a semana ficam com os futuros pais, retornando apenas no final de semana para o nosso abrigo”, informou o secretário da Semas, Daniel Rocha.
Profissionalização e busca por talentos
A instituição conta ainda com o apoio da assistente social Edna Alcântara e da psicóloga Sarah Cardoso que, aliadas aos demais funcionários e parceiros, contribuem para a formação profissional das internas, disponibilizando cursos e atribuições sociais.
“Com base nesse trabalho, observamos quais métodos que podemos instituir para a desenvolver os talentos das nossas meninas. Muitas aqui possuem habilidades para várias áreas! Nós contribuímos para que elas possam aguçar ainda mais seus talentos”, destacou Dona Zu, coordenadora da Casa da Menina.
Além do auxílio da Prefeitura de Arapiraca, a Casa da Menina conta com o apoio de empresas solidárias e comprometidas em manter o instituto de pé. São doados materiais essenciais que contribuem para o sustento tanto das jovens, quanto da estrutura física do local.
Ainda segundo o secretário Daniel Rocha, os serviços disponibilizados pelo abrigo deverão duplicar ainda este ano pondo em prática novos planejamentos estratégicos com suportes psicológico e profissional, com o aval de novos parceiros e com o foco voltado a reinserção familiar.
“Aqui, eu encontrei o verdadeiro sentido da vida! O calor dessas crianças me mostram o quanto é bom fazer o bem, o quanto é satisfatório poder contribuir para a formação de cada uma. A vontade de viver floresce a cada dia que entro no abrigo”, concluiu a coordenadora