25 de novembro de 2013

Forrozeiros homenageiam Zé do Rojão em projeto cultural

 

O fole das sanfonas do projeto "Cultura na Praça" desta segunda-feira (25) amanheceu mais triste. Dezenas de forrozeiros, repentistas, cordelistas e declamadores arapiraquenses homenagearam Zé do Rojão, ícone da cultura local que faleceu no último sábado (23).

Figuras como Afrísio Acácio, Severo do Acordeon e o mestre Nelson Rosa compareceram e fizeram sinceras considerações a este radialista e músico que tanto inspirou Arapiraca a ser uma cidade mais viva, com a tradição sendo posta como pilar do fazer artístico.

A Praça Luiz Pereira Lima, antiga “Praça da Prefeitura”, bairro do Centro, estava cheia de gente que acompanhou o forró em tributo ao mestre declamador e aplaudiu bastante. “Ele era uma referência para todos nós, para a nossa cultura genuína”, diz Afrísio Acácio.

Na oportunidade, o cordelista José Francisco Bezerra, o “Turunguinha”, recitou uma poesia matuta que contava toda a vida de Zé do Rojão, livreto este lançado em 2011.

Para a prefeita Célia Rocha (PTB) e o vice Yale Fernandes (PMDB), a perda para o município em termos culturais representa muito. Natural de Taquarana, foi em junho do ano passado afirmado como cidadão arapiraquense, através de título concedido na Câmara dos Vereadores. Ainda em 2012, ele e diversos outros radialistas receberam homenagem durante as festas juninas.

Célia determinou em agosto deste ano, que, mais uma vez, José Cícero dos Santos, nome de “Zé do Rojão”, de 75 anos, recebesse honraria por sua contribuição contínua às artes populares, por meio de um diploma entregue pela secretária Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), Tânia Santos, em cerimônia realizada no Museu Zezito Guedes.

Segundo ela, muitos arapiraquenses devem a ele seu apuro na cultura nordestina. “Cresci ouvindo seu programa ‘Rojão do Nordeste’, na Rádio Novo Nordeste, todas as manhãs da década de 1970. E antes do valor artístico-cultural, admirava o valor desse ser humano, cheio de humildade e gratidão”, pontua a secretária Tânia Santos.

Zé do Rojão se dizia um homem completo por ter ao seu lado, por toda vida, uma família amorosa e por fazer o que gostava: versar sobre nossa terra.

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