17 de agosto de 2013

Curta-metragem arapiraquense estreia na II Semana do Audiovisual

A noite deste sábado (17) será especial para o cinema de Arapiraca. Com o passar dos anos, mais investidas são feitas e o diretor Leandro Alves está aproveitando as oportunidades que surgem para divulgação dos trabalhos.

Foi assim ontem (16), quando o documentário “Salão dos Artistas” – elaborado por ele e outros cineastas e produtores da terra –, foi exibido no telão montado na arena da Praça Luiz Pereira Lima, antiga “Praça da Prefeitura”, no bairro do Centro, dentro da programação da II Semana do Audiovisual (Seda).

Com o apoio da prefeita Célia Rocha (PTB) e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), esta será a estréia de “Flamor”, curta-metragem que é baseada em um conto do escritor Nilton Resende, extraído de seu último livro, “diabolô”.

O enredo trata de uma garota na faixa de seus 16 anos, seus medos, desejos e sentimentos. Luzia, a personagem, sai de sua casa no interior de Alagoas para ir trabalhar na cidade grande. O filme se passa num domingo, quando ela começa a sentir coisas que nunca antes havia sentido.

Para o diretor Leandro Alves, o audiovisual em Alagoas está crescendo bastante com conta de diversos fatores, como o barateamento de equipamentos, a acessibilidade e oportunidades a formações técnicas e as próprias redes sociais.

“Em Alagoas, há uma crescente. Está se produzindo cada vez mais, contudo isso está muito centrado na capital. São poucos os produtores no interior, mas isso também vem mudando e acho que Arapiraca deve pegar esse ‘embalo’. Creio que a ideia de fazer com que o audiovisual cresça aqui e em outras cidades do interior é fazer com que as pessoas vejam o que está sendo produzido por todos, por meio de mostras como a Seda, com formação através de oficinas de cinema para estimular a galera a produzir, a exemplo do ‘Salão dos Artistas’, uma iniciativa do Sesc [Serviço Social do Comércio]”, pontua ele, ressaltando a necessidade de lançamento de mais editais para o segmento – afora, o premiado curta do arapiraquense Rafhael Barbosa, "O Que Lembro, Tenho", abriu a Seda na última quarta (14) e foi bem recebido pelo público.

Segundo Leandro Alves, o projeto de “Flamor” foi selecionado no edital de Multiprojetos do São Francisco, da Fundação Nacional das Artes (Funarte), tendo investimento de R$ 15 mil. Há tomadas feitas no município de Viçosa e na Área Verde, em Arapiraca.

Nesta sexta-feira (16), houve a exibição de “Salão dos Artistas”, de direção coletiva; “Lixo”, de Paulo Silver; “EXU – Para Além do Bem e do Mal”, de Werner Salles Baggeti; “12:40”, de Dário Júnior; “A Banca”, de Aloísio Leahy; “Menina”, de Amanda Duarte e Maysa Santos; e “A Lenda da Pedra”, de direção coletiva.

O público pôde ver as experimentações e novas leituras cinematográficas em cena, mostrando que o audiovisual alagoano está, de fato, em ascensão.

Ao término, aconteceu ainda uma roda de debates com o crítico de cinema da revista Cinética, Paulo Santos; Raniere Brandão e Ricardo Lessa, do site Filmologia; os cineastas Paulo Silver, de “Lixo”, Dário Júnior, de “12:40”, e José Faustino Neto, “Salão dos Artistas”; os produtores Rafhael Barbosa, de “Exu – Para Além do Bem e do Mal” e Michellayne Melo, de “A Lenda da Pedra”; e a roteirista e diretora Maysa Santos, de “Menina”.

Neste sábado (17), ocorre a mostra dos curtas “Flamor”, de Leandro Alves, “Fênix”, de Anderson Barbosa e Pablo Casado, “Matador”, de Wladymir Lima, e do documentário “Imagem Peninsular de Lêdo Ivo”, de Wenner Salles Baggeti, a partir das 19h30, na Praça Luiz Pereira Lima. E como encerramento oficial da II Seda, há show das bandas Gato Negro e Eyevil, no Echoes Music bar, na Rua São Francisco, bairro do Centro.

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