22 de fevereiro de 2013

SMTT intensifica fiscalização na faixa exclusiva para ciclistas

São quase três quilômetros de ciclofaixa, exclusiva para a circulação de ciclistas, que a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), mantém em Arapiraca. A ciclofaixa está distribuída nas principais ruas de cinco bairros da cidade, onde o fluxo de veículo é intenso.

A ideia da ciclofaixa é atribuir um local mais adequado para os ciclitas circularem pelas ruas e avenidas, ocupando a faixa da direita e na mão dos carros. Todas elas são devidamente sinalizadas com orientação vertical e horizontal.

Para que motoristas e motociclistas possam ter uma convivência harmoniosa e segura no trânsito, eles precisam manter do ciclista uma distância de 1,5 metros ao ultrapassar. Essa metragem está prevista em lei, pelo artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro.

Para a segurança dos pedestres, estes precisam atravessar na faixa preferencial e antes olhar para os dois sentidos da via, mesmo em ruas de mão única.

Trajeto – Em Arapiraca, a ciclofaixa tem início no bairro do Baixão, na rua Miguel Correia de Amorim com cerca de 800m. A pista para ciclista continua pelo bairro do Cavaco, ocupando 500m da avenida Ventura de Farias.

Já no centro da cidade, a ciclofaixa ocupa cerca de 100m na rua Rui Barbosa. Neste trajeto, a via para ciclistas faz cruzamento com a rua Pedro Nunes, onde há sinalização de Regulamentação indicando que é “Proibido virar à direita” na Rui Barbosa, justamente por causa da ciclofaixa.

“Para que os motoristas e motociclistas possam respeitar esse espaço do ciclista, a prefeita Célia Rocha disponibilizou agentes de trânsito para orientar os motoristas para não passarem, e nem ocuparem a ciclovia”, afirmou Ricardo Teófilo, superintendente da SMTT.

No início de fevereiro, agentes de trânsito permaneceram por dois dias consecutivos no cruzamento das ruas Pedro Nunes e Rui Barbosa, no Centro, e flagraram vários motoristas e motociclistas desrespeitando a placa de proibição e entrando à direita, passando praticamente em cima da ciclofaixa.

“Constatamos essas irregularidades, mas os agentes foram instruídos a apenas orientar os condutores a respeitarem a sinalização e o espaço dos ciclistas. É importante que todos utilizem a via pública em harmonia”, avisou Ricardo Teófilo.
A ciclofaixa, na cidade, tem continuação na rua Pedro Correia com uma extensão de cem metros e passa pela rua Santa Teresinha, com mais 300m de cumprimento, até chegar ao Parque Ceci Cunha.

Outro bairro que contempla os ciclistas é o Ouro Preto, onde a ciclofaixa passa pela rua São Roque, segue pela rua Pedro II até à AL 220 com 500m de extensão e, Também, na avenida Petrônio Portela com 300m, no bairro Capiatã.

Um dos supervisores do Departamento de Trânsito da SMTT, Epitácio Lúcio de Sousa, o Pita, explica que os condutores de automóveis e motos obstruem as ciclovias porque os ciclistas precisam mais utilizar esta via que é preferencial para eles.

“Os ciclistas precisam saber que, na cidade, eles têm um determinado local nas ruas, com sinalização específica, para que eles possam trafegar por direito e segurança”, avaliou Pita.

Campanha educativa – De acordo com o superintendente da SMTT, Ricardo Teófilo, o órgão dará início, a partir do mês de março, a uma série de campanhas educativas no sentido de instruir e orientar os motoristas quanto à presença da sinalização em novos locais da cidade e ao funcionamento da ciclofaixa, utilizada pelos ciclistas.

“Vamos envolver todos os profissionais e técnicos da SMTT para que possamos fazer um trabalho educativo para o trânsito com o apoio da população e de toda a sociedade civil”, afirmou Ricardo Teófilo.

O pedreiro Iraldo Santos Silva, de 32 anos, vai de bicicleta para o trabalho e utiliza a ciclofaixa diariamente. “Realmente os motoristas não respeitam o nosso espaço, espero que com as orientações da SMTT possam utilizar a ciclofaixa com mais segurança e tranqüilidade”, avisou.

O motoboy Josinaldo de Oliveira Silva, 37, já invadiu parte da ciclofaixa e foi advertido por agentes de trânsito da SMTT, por não ter visto a placa de sinalização.

“Realmente andei despercebido, mas ao receber a orientação dos agentes agora terei mais cautela ao passar por uma rua que tem a ciclofaixa. É importante que a SMTT faça esse tipo de trabalho de conscientização”, disse Josinaldo.

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