21 de dezembro de 2012

Jorge Oliveira lança livro Curral da Morte

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Em solenidade bastante concorrida, foi lançado na noite desta quinta-feira (20), no Memorial da Mulher Ceci Cunha, o livro “Curral da Morte”, de autoria do jornalista alagoano, escritor e cineasta Jorge Oliveira.

O evento contou com a presença do prefeito Luciano Barbosa (PMDB); presidente da Academia Arapiraquense de Letras e Artes (Acala), Cláudio Olímpio; diretora do Memorial da Mulher, Kika Sousa; diretora da Casa da Cultura, Manoel Tenório; presidente da Federação das Associações Comunitárias de Arapiraca (Facomar), Brás Antônio de Farias; vice-prefeito eleito de Arapiraca, Yale Fernandes; jornalista Mônica Nunes, além dos vereadores por Campo Grande, Saulo Moura (PT) e Edinho (PTB).

Também prestigiaram o lançamento, o empresário Régis Jackson; suplente de senador José de Macêdo; diretor do Hospital Regional, Adailton Reis; subsecretária de Finanças de Arapiraca, Marciete Barros, bem como de educadores, escritores, universitários e convidados.

O livro “Curral da Morte” conta a história do impeachment do governador Muniz Falcão, em 1957, em Alagoas, quando foi morto o deputado Humberto Mendes e vários outros feridos no tiroteio dentro da Assembleia Legislativa de Maceió.

O livro conta também a história do assassinato do médico e deputado arapiraquense Marques da Silva, em fevereiro de 1957, que desencadeou o clima de violência política que durou mais de vinte anos em Alagoas. Lançado pela editora Record, “Curral da Morte” esgotou-se e está à venda apenas nos sites da editora e das livrarias do país.

Na ocasião, também foi lançado o livro “Campanha Política”, que é fruto da experiência de Jorge Oliveira no marketing político no Brasil. Responsável por 21 campanhas no país – na última, este ano, em Vitória, elegeu o prefeito Luciano do PPS – Oliveira escreveu um livro didático sobre campanha política tanto para quem pretende se candidatar a um cargo eletivo como para os profissionais que querem trabalhar nessa área de comunicação.

O convite para o lançamento dos dois livros foi feito pelo prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, que recepcionou os convidados e convidados na noite de autógrafos.

 

Biografia

 

Como jornalista, o alagoano Jorge Oliveira já ganhou dois prêmios Esso de Jornalismo quando trabalhou nos jornais do sul do país. Como cineasta, dirigiu vários documentários, entre eles “Mestre Graça”, “A Esfinge – Floriano Peixoto”, “O Poeta e o Capitão. O último que dirigiu, “Perdão, Mister Fiel”, conta a história do operário alagoano Manuel Fiel Filho, morto pela ditadura em São Paulo, já recebeu 14 prêmios em diversas categorias no Brasil e no exterior. Na estreia, em Brasília, ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Cinema de Brasília, um dos mais importantes do país. No momento, Oliveira produz o documentário “Olhar de Nise” sobre a psiquiatra alagoana Nise da Silveira, que morreu no Rio de Janeiro.

Jorge Oliveira é jornalista profissional há 47 anos; nasceu em 1948, no bairro do Prado, na cidade de Maceió. Iniciou a carreira como repórter em Alagoas, passou pelas principais redações dos jornais impressos e rádio: Diário de Alagoas, Gazeta de Alagoas e Jornal de Alagoas e Rádio Difusora. Na década de 1970, muda-se para o Rio de Janeiro, onde vai trabalhar nas redações do Correio da Manhã, O Globo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo, Última Hora, Tribuna da Imprensa, Jornal de Brasília, Rádio Nacional, Radio JB e Radio MEC.

O espírito irrequieto − uma das suas características − e a disposição incansável de repórter, frequentou quase todas as editorias. Em 1973, com pouco mais de três anos no Rio de Janeiro, ganhou o prêmio DER de reportagem − o primeiro da carreira −, quando trabalhava no jornal O Globo.

O prêmio Esso é o mais cobiçado dos prêmios pelos jornalistas; Jorge ganhou dois. O primeiro em 1980, com uma série de reportagens sobre energia nuclear, pelo Jornal de Brasília. Em 1981 ganhou novamente o prêmio Esso, desta vez em equipe e pelo Jornal do Brasil.

Em 1978 foi enviado pela Editora Três a Alagoas para fazer uma reportagem sobre o “Sindicato do Crime”, organização criminosa com longa atuação no Estado. Nesta oportunidade, foi preso por policiais civis e levado para uma Delegacia de Polícia, onde foi barbaramente torturado.
Quando foi solto, recebeu a solidariedade de amigos jornalistas, apesar de continuar recebendo ameaças dos policiais. Sua família também foi ameaçada, numa clara indicação de descontrole do aparelho de segurança.

Como diretor de cinema, é uma grata revelação – quem diz não sou eu, apenas −-, mas a critica nacional. Em 1985 recebeu Menção Honrosa pelo filme “O poeta e o Capitão”, no 38º Festival de Cinema de Brasília. Esse filme trata da histórica passagem do poeta chileno Pablo Neruda por São Paulo em 1945, para participar de um comício realizado no estádio de futebol do Pacaembu, juntamente com Luiz Carlos Prestes, líder dos comunistas brasileiros.

Outros filmes foram produzidos e dirigidos por Jorge Oliveira, Ana Maria Rocha, sua assistente de direção, e mais recentemente pelo filho do casal, Pedro Zoca. Os filmes “Mestre Graça”, sobre o escritor Graciliano Ramos, e os documentários “A Esfinge – Floriano Peixoto”, “A Resistência de Marechal” e “Perdão, Mister Fiel” [2010], longa-metragem que conta a história do operário alagoano, militante do Partido Comunista Brasileiro – PCB, Manoel Fiel Filho, torturado até a morte nas dependências do DOI-CODI de São Paulo, em 1975.

“Perdão, Mister Fiel”, recém-lançado, já ganhou oito prêmios em diversos festivais e em categorias diferentes no Brasil. É um filme que ainda vai rodar muito pelo Brasil e no exterior.

A experiência como repórter tem sido bem utilizada por Jorge Oliveira em várias áreas. O livro Eu não Matei Delmiro Gouveia é uma reportagem histórica, e mais uma vez o objeto de estudo é a História de Alagoas. Em Curral da Morte [2010], livro publicado pela editora Record, leem-se as palavras do jornalista Domingos Meireles: “Ao exumar fragmentos de episódios desconcertantes, deliberadamente confinados nos cantos escuros do passado pela historiografia oficial, Jorge Oliveira produz uma obra fascinante, que desvenda a aspereza dos conflitos sociais de uma região marcada pelo atraso e pela barbárie”.

No trabalho de marketing político, além das 16 campanhas eleitorais em que trabalhou, produziu o livro Campanha Política: como ganhar uma eleição – Regras e Dicas, obra que tem sido uma eficaz ferramenta de consulta dos iniciados e dos profissionais da área, mas principalmente dos candidatos.

 

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